Agredido ou agressor?

A postagem do que seria uma agressão sofrida pelo médico infectologista que atua no Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná), por ter alertado sobre o agravamento da pandemia, não passa de uma grande farsa. Explico: seu histórico por onde passou, e de onde atua no momento, apresenta uma postura agressiva dele para com as pessoas com quem trabalha. Isso demonstra que ele é o grande agressor.

O médico José Eduardo Mainart Panini aparece com hematomas no rosto em foto postada por ele em sua conta no Instagram.

Agredido ou agressor? I

Vou começar citando apenas um dos casos bem recentes (08 de fevereiro), em que ele partiu para cima de uma enfermeira de forma agressiva, ameaçando-a (como é de seu costume). O episódio está devidamente registrado em vídeo, que mostra o médico investindo contra a colega de trabalho, com violência que extrapola a agressão verbal. A queixa foi apresentada à polícia e está devidamente registrada na Delegacia da Mulher de Toledo.

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Agredido ou agressor? II

Em conversa que tive com várias pessoas que atuam no Ciscopar, poucas quiseram falar, com medo de retaliações, sendo que aqueles que abriram o bico, o apresentaram como “um desiquilibrado”, que “precisa ser internado para se tratar e respeitar os servidores”.

Apanhou do cunhado

Dizer que a agressão foi por causa da pandemia, se aproveitando por estarmos vivendo um momento preocupante de saúde pública, para justificar suas atitudes desrespeitosas e desequilibradas no ambiente de trabalho, é primeiramente um caso de polícia, e depois, de psiquiatria. Tal atitude vai de encontro com o que os servidores afirmaram a seu respeito.

Nota da Polícia Civil

“A Polícia Civil de Toledo, ante aos questionamentos dos veículos de imprensa acerca de publicação em rede social do Sr. José Eduardo Mainart Panini, médico na cidade de Toledo, onde este relata ter sido vítima de agressão física na data de 26/02/2021, vem a público esclarecer que apesar do Sr. José Eduardo Mainart Panini não ter comparecido até a presente data junto ao plantão da Unidade Policial, para maiores detalhes do ocorrido, há registro de ocorrência realizado por outra pessoa, informando da agressão física sofrida pelo médico, registrada no mesmo dia 26/02/2021, constando no histórico do boletim de ocorrência, contexto de que o mencionado profissional de saúde fora vítima de agressão física em razão de um desentendimento familiar, não sendo feita nenhuma referência quanto a ambiente profissional ou público. A Polícia Civil de Toledo segue na apuração do ocorrido”.

Onde estão os erros?

Imperdoáveis nos últimos anos os erros cometidos nas escolhas dos comandos do Ciscopar, em Toledo. Urge mais que nunca que haja uma mudança generalizada, para que naquela autarquia de saúde pública volte a reinar o respeito, o profissionalismo e sua finalidade, que é tratar os usuários como seres humanos e com dignidade.

O versículo bíblico diz: “Digas com quem andas, que direi quem tu és”. E nos últimos anos, o Ciscopar esteve nas mãos de incompetentes, de gestões catastróficas a ponto de devolverem dinheiro do caixa por falta de gestão.

Exemplo da ineficiência das gestões está na compra de equipamentos caros, que foram guardados, enquanto a saúde pública padece de simples procedimentos, como um exame de Raio-X.

Equipamentos novos aguardam para serem instalados.

O mesmo se repete na compra de equipamentos desnecessários, como um forno de pizza. Há ainda um caso de racismo recém-ocorrido, em que a servidora racista apenas foi repreendida por seu ato.

E o que dizer de festas de arromba, com diretores da instituição participando de celebrações em pleno período de isolamento ocasionado pela pandemia?

Registro da festa realizada por diretores do Ciscopar em momento de isolamento social.