Dra. Bruna Pitaluga - médica especializada em Ginecologia e Obstetrícia. Foto: Divulgação

Segundo a médica obstetra Bruna Pitaluga, o que impede as mulheres de terem um parto sem sustos são doenças metabólicas que podem ser evitadas com um pré-natal que privilegie fatores como a saúde mental e a alimentação da gestante

O parto é consequência do acompanhamento pré-natal, este é o lema da médica obstetra Bruna Pitaluga, o qual ela busca difundir aos profissionais da área. Segundo Bruna, o que impede a mulher de ter o parto que deseja são doenças como diabetes gestacional, hipertensão, desnutrição e anemia. E elas só podem ser evitadas com um bom acompanhamento pré-natal, no qual sejam bem cuidados fatores como a saúde mental, a higiene do sono e a alimentação da gestante. “Ao oferecer um ambiente intrauterino adequado, não apenas a saúde da mãe é preservada, mas também o pleno desenvolvimento do feto é assegurado, assim como sua saúde para toda a vida”, diz.

Médica há mais de 20 anos, Bruna nem sempre pensou dessa forma e precisou tomar um susto durante a gestação e parto de seu primeiro filho para que a transformação relativa à sua especialidade se modificasse por completo. “Em dezembro de 2008, quando engravidei do meu primeiro filho, comecei a colocar em prática tudo que havia aprendido na universidade relativo à obstetrícia e nada saiu como planejado. Eu engordei 30 quilos e o parto foi cheio de problemas: meu filho nasceu com pouco peso e ainda precisou ser reanimado pelos médicos”, conta.

Com o sinal de alerta ligado, a médica foi procurar informações que acabara por transformar radicalmente sua visão sobre a obstetrícia. Aprimorou seus conhecimentos acerca da fisiologia humana, estudando sobre ciclo circadiano, os efeitos do estresse e a importância da dieta na gestação. “Quanto mais eu me aprofundava mais eu percebia que o que eu havia aprendido na universidade estava ultrapassado”, diz. Em sua segunda gestação, ocorrida em 2012, aplicou seus novos conhecimentos e o desfecho foi totalmente diferente. “Mesmo com mudanças que hoje eu vejo como pontuais diante de todo o aprendizado dos últimos anos, a minha filha teve o crescimento adequado, ou seja, sem restrição de crescimento”, relata.

Bruna mergulhou ainda mais na compressão da fisiologia humana, nutrologia e Medicina Funcional, inclusive com especialização nos EUA, pelo Instituto de Medicina Funcional. As novas informações começaram a ser relacionadas por Bruna à área da obstetrícia e aplicadas a sua prática clínica. Para isso, segundo ela, foi fundamental sua conta no Instagram (@drabrunapitaluga), que introduziu suas pacientes a sua nova maneira de clinicar. “Muitas mães me olhavam com espanto porque minhas orientações eram muito diferentes das que eu havia passado na primeira gestação delas. A rede social ajudou as pacientes nesta adaptação e também a difundir informações sobre essa nova abordagem”, explica.

Para Bruna, as doenças que aparecem na durante a gestação terão impacto na vida da mulher e do bebê durante toda a vida). Para se ter uma ideia, um pré-natal praticado sem esses conhecimentos leva ao aparecimento de complicações que aumentam em cinco vezes o risco de a mulher desenvolver hipertensão arterial sistêmica e diabetes tipo 2”, diz. 

Conforme a médica obstetra, não se pode tomar as mesmas atitudes e esperar resultados diferentes. “Eu não quero mais que nenhuma criança passe pelo que o meu filho passou e nenhuma mãe passe pela pelo que eu passei, por isso busco ensinar profissionais a prestarem uma assistência de pré-natal atualizada. Mudar o caminho traçado até o momento é o meu grande propósito”, declara.

A partir dos cursos realizados em decorrência de sua primeira gestação caótica e da prática clínica que mostrou bons resultados, Bruna desenvolveu o curso online de Formação Pré-Natal do Século XXI, composto por quatro pilares fundamentais: fisiologia, imunologia, patologia e suplementação. Lançado em 2019, o curso online hoje tem mais de 300 horas de aula gravadas e formou dois mil alunos.

Sobre Dra. Bruna Pitaluga

Formação em Medicina pela Universidade de Brasília – UnB

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Brasília – UnB

Pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN

Especialização em Medicina Funcional pelo Instituto de Medicina Funcional – IFM, EUA

Curso em Nutrigenômica pela Universidade da Carolina do Norte – UNC, EUA

Fonte: Assessoria