Hoje irei dedicar minha coluna à família Dall’Oglio, de pioneiros que aqui chegaram na década de 50 com a incumbência única de cuidar da saúde do povo toledano. Dr. Ernesto e D. Vanda vieram dos “rincões de Sarandi (RS)”, como me descreveu o escritor toledano Bruno Marcos Radunz. Fui consulta-lo, pois sei que o mesmo, brevemente, fará o lançando o quarto livro do Dr. Avelino Campagnolo, e nele constará parte da história da família Dall’Oglio e desse casal que não gostava de ostentação, muito menos de fotografias, especialmente D. Vanda, que a mim disse no ano de 2003, em evento natalino (fotos) ocorrido no prédio da antiga Casas Pernambucanas: “Gosto mesmo é de ajudar e de trabalhar”.
Nessa sexta-feira, 24 de junho, Vanda Mariani Dall’Oglio, que chegou a Toledo oriunda de Sarandi (RS), proveniente de família italiana que migrou para o Brasil fugindo da guerra, completa 100 anos de vida bem vivida e dedicada a outrem. Mãe de 5 filhos, sendo Nara Sheila Dall’Oglio, Celso Paulo Mariani Dall’Oglio, Ernesto Dall’Oglio Filho Alexandre Dall’Oglio e Gina Mara Dall’Oglio Poletti.
Sua primeira neta, que se chama Tatiane, descreveu em uma página, quem é Dona Vanda e a família:
“Hoje, 24/06, comemoramos o aniversário de uma pessoa muito especial para a cidade de Toledo, para os amigos e principalmente para os familiares. Trata-se da Vanda Mariani Dall’Oglio, conhecida como Dona Vanda.
Vanda foi uma das primeiras moradoras de Toledo, tendo chegado aqui em meados de 1950. Veio acompanhando seu marido e com ele tornou-se a primeira primeira-dama do município, época em que auxiliava o Centro de Puericultura da cidade.
Em sua casa havia muita gente, muitos amigos que constantemente a visitavam e aproveitavam para tomar seu famoso cafezinho, servido frequentemente com grappa. Também estava sempre rodeada dos familiares, afinal são cinco filhos, onze netos e oito bisnetos!
Nascida em 1922, na Itália, migrou para o Brasil com seus pais, de navio, em cansativa viagem que durava semanas. A família estabeleceu-se inicialmente no Rio Grande do Sul, precisamente em Sarandi, de onde, já casada, Vanda saiu para vir a Toledo construir sua vida e constituir sua família. Nunca se interessou por naturalizar-se brasileira, mantendo costumes de seu país natal e incorporando os hábitos brasileiros, numa vida repleta de interculturalidades.
É uma mulher do seu tempo, que acompanhou as grandes transformações do último século, e venceu muitos obstáculos e desafios. Hoje batalha pela saúde debilitada e segue como um grande exemplo para todos.
Sempre gostou muito de culinária, leitura, de música, de jardinagem e de artes manuais. O jardim de sua casa sempre esteve impecável, e com vários animais de estimação. Filhos e netos se beneficiaram de roupas e decoração feitas por ela em tricô, crochê e bordados.
Completando hoje seus 100 anos, Dona Vanda torna-se a cada dia mais querida por todos e se consolida como uma referência de amor, força e persistência”.

