Eu, Eliseu Langner de Lima, filho de militar (Anatholio Marques de Lima-imemorial), com essência e raiz no patriotismo, confesso que, aos meus 63 anos, sinto que o nosso país parece ter parado. Está estagnado na vergonha ou na profunda ausência dela, na tristeza, na incerteza e na falta das essências que definem uma nação. O verde e amarelo, que antes simbolizavam vida e amor, agora são substituídos por desgraça, ódio e desonra.
Nosso hino desafinou em línguas estranhas, nosso solo secou, nossa mata foi consumida pelo fogo. Cadê aquele sol brilhando no céu da pátria? Vivemos uma sensação de luto, estamos despatriados. Para mim, o espírito do brasileiro se foi, e parece que o Brasil também se perdeu.
Apesar de me esforçar para manter a lucidez, este mês de setembro, em que militares terão que se curvar diante do MST, traz uma tristeza profunda. Meu estômago, pulmão e coração parecem não suportar tantas notícias ruins. É desolador, a esperança parece se esvair. Aproveito este 7 de setembro para expressar que meu civismo, diante dos poderes constituídos e restituídos, pode não mais sentir orgulho desta pátria despatriada.
Dos Leitores: Até Vendedor de Picolé Está Sendo Multado
Recebi o relato de um leitor da Gazeta, que, enquanto aguardava um familiar no Ciscopar, ficou indignado ao presenciar uma cena revoltante: fiscais da prefeitura de Toledo abordaram um senhor de idade que vendia picolés no local. Segundo o leitor, os fiscais aplicaram uma multa de R$ 1.000,00 e, além disso, mandaram o senhor se retirar. A situação gerou revolta e questionamentos sobre a rigidez da fiscalização em casos como esse.
Dos Leitores: Mais 2.400 Multas de Trânsito
Não se espantem, mas a semana se encerra com um número expressivo de multas de trânsito em Toledo. Ao todo, mais de 2.400 proprietários de veículos foram presenteados com um “papelzinho” que ninguém deseja receber: uma multa. Essa realidade levanta discussões sobre o rigor das autoridades no controle do trânsito da cidade.
Dos leitores sobre o HRT
Ameaça
Aquele indivíduo que não suporta ser chamado de “avô por afinidade” fez uma ameaça clara a outro cidadão, algo que, sem sombra de dúvidas, deve ser levado à esfera judicial.
A “Pátria que Perdi”
Minha crônica denominada “Despatriados” revela minha voz carregada de desilusão e angústia, refletindo sobre o estado atual do Brasil sob a perspectiva de um homem com raízes profundas no patriotismo. Expresso uma sensação de perda, como se o espírito nacional tivesse se esvaído, e a essência de um Brasil idealizado não estivesse mais presente.
Eu, Eliseu Langner de Lima, filho de militar, cuja minha identidade foi moldada pelo patriotismo, reforça o contraste entre o passado, onde o patriotismo era um pilar de sua vida, e o presente, onde o país parece estagnado “na vergonha ou na profunda falta dela”. Meu tom é quase de luto, uma tristeza pela pátria que, aos seus olhos, não cumpre mais as promessas de glória, respeito e dignidade.
Usei metáfora para a desafinação do hino e do solo que secou, assim como da mata que o fogo queimou, pois é uma imagem forte de destruição que tenho na mente. É como se as fundações do país — seu território, sua identidade e seus valores — estivessem desmoronando diante de meus olhos. Eu pergunto; onde está aquele Brasil do passado, onde o sol brilhava no céu da pátria com orgulho?
Minha crítica atinge nosso simbolismo de militares prestando continência ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que deve acontecer nesse 7 de setembro em Brasilia. Para mim, essa imagem representará uma inversão de valores e um sinal de que o país perdeu seu rumo. A minha desilusão é tanta que ele me questiono sobre a minha própria sanidade diante de tantas notícias que, em que na minha visão, destroem as fundações que sustentavam meu patriotismo.
O 7 de setembro, tradicionalmente um dia de celebração da independência e orgulho nacional, se transformou em um momento de reflexão amarga. Nesse dia eu admitirei que aquele civismo que um dia sentiu vai ser vazio, incapaz de encontrar orgulho em um país que se tornou “despatriado”.
Com essa minha crônica, quero apenas transmitir a luta interna de alguém que se sente traído pelo próprio país, refletindo uma experiência muito pessoal de perda de identidade nacional. Esse meu sentimento, por mais individual que seja, pode ressoar em muitos que também sentem que o Brasil mudou de maneira irreconhecível, através de uma caneta careca e a submissão do Congresso, Senado e dos próprios cidadãos brasileiros.
Você precisa fazer login para comentar.