Dilceu Sperafico. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Por Dilceu Sperafico*

O agronegócio brasileiro se tornou em verdadeiro exemplo e modelo de desenvolvimento sustentável, para todos os demais setores econômicos e segmentos sociais. Prova disso é que em termos de Produto Interno Bruto (PIB), a agropecuária nacional vem alcançando sucessivos recordes. Em 2020, por exemplo, o setor avançou em relação a 2019 e sua participação no PIB brasileiro alcançou 26,6%.

Em valores monetários, em 2020 o PIB nacional totalizou 7,45 trilhões de reais, com destacada participação do agronegócio, que atingiu o equivalente a 2,0 trilhões de reais. Em outras palavras, mais de um quarto ou 25% de tudo o que o Brasil produziu no período, estiveram relacionados ao agronegócio, com amplas vantagens para os demais segmentos econômicos e sociais.

Em termos de geração de empregos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2016, a última conhecida, o agronegócio era fonte de renda de 30,5 milhões de pessoas no Brasil, das quais 13 milhões ou 42,7%, diretamente em atividades de agropecuária; 6,43 milhões ou 21,1%, no comércio agropecuário; 6,4 milhões ou 21%, na prestação de serviços; e 4,64 milhões ou 15,2% na indústria de transformação.

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O agronegócio foi também um dos setores econômicos que começaram a se recuperar mais rapidamente durante a pandemia de Convid-19. Em 2020, a agropecuária brasileira obteve o melhor resultado na criação de empregos dos últimos 10 anos, gerando 61,6 mil vagas de trabalho, apesar na queda da demanda de alimentos no País, devido ao crescimento do desemprego nas cidades e queda na renda dos trabalhadores.

Além de abastecer o mercado interno com a produção de alimentos de qualidade, diversidade e sustentabilidade, o agronegócio brasileiro também ocupa liderança nacional na geração de excedentes de diversos produtos para a exportação. Prova disso é que em 2020, a agropecuária foi a responsável por 48% das exportações totais do País, gerando o ingresso de 100,8 bilhões de dólares em benefício dos demais setores econômicos e sociais da Nação.

Conforme levantamentos oficiais, em 2020 o superávit comercial do agronegócio brasileiro foi superior a 80 bilhões de dólares, enquanto o saldo de outros setores no comércio internacional foi negativo, o que ressalta ainda mais a importância da agropecuária para a estabilidade e expansão da economia nacional e o bem-estar dos cidadãos, rurais e urbanos.

Quanto aos impactos ambientais da atividade agropecuária, há anos o setor vem atendendo apelos da sociedade, seguindo orientações de especialistas e empenhando todos esforços possíveis em medidas para reverter a desproporcional imagem negativa, principalmente quando ligada ao desmatamento e a queimadas ilegais.

Para isso, vem apostando em novas tecnologias e métodos de produção, com o objetivo central de zerar o desmatamento para elevar a produção de alimentos, optando por investimentos no aumento de produtividade das áreas atualmente disponíveis para lavouras e pastagens.

O agronegócio, vale ressaltar, não abrange só o chamado “dentro da porteira”, em atividades do produtor agrícola e/ou pecuário. Trata-se de conceito mais amplo, pois abrange também a produção de insumos agropecuários, a transformação de matérias-primas, a comercialização de alimentos, o transporte e o setor de serviços, entre outros segmentos envolvidos nas amplas e cada vez mais importantes atividades do campo.

*Dilceu Sperafico é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado.

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br