Dilceu Sperafico*
As eleições municipais, na nossa opinião, são o pleito eleitoral mais importante da democracia participativa, porque as pessoas residem nos municípios, onde recebem serviços públicos essenciais. São os casos da saúde, educação, moradia, assistência social, emprego, esporte, cultura, lazer, mobilidade e demais serviços públicos, que precisam ser de qualidade e atender as necessidades e prioridades da população, especialmente a de menor renda. Mesmo também morando no Estado e no País, o recebimento de recursos de governantes e parlamentares de instâncias superiores depende também da competência e seriedade de administradores e legisladores municipais. Ao que se saiba a comunidade, especialmente a mais carente e/ou humilde não conseguirá jamais contatos pessoais com governadores, vice-governadores e seus secretários estaduais ou presidente, vice-presidente e/ou seus ministros para relatar dificuldades e reivindicar apoio do poder público.
Para começar, o administrador e legisladores municipais necessitam ser competentes e estarem atentos para conhecer e acompanhar os programas prioritários dos governos estadual e/ou federal, e definir investimentos mais necessários aos seus municípios. Em seguida elaborar projetos consistentes e buscar o apoio de parlamentares estaduais ou federais para encaminhar suas reivindicações bem fundamentadas e obter a aprovação de governantes de instâncias superiores e assim atender aos anseios e necessidades da população de seu município. Diante dessa realidade, cabe aos eleitores e eleitoras que realmente desejam e defendem o desenvolvimento e bem-estar social de seu município, escolher com critérios os seus candidatos preferenciais aos cargos de prefeito e vereador ou vereadora.
Na verdadeira democracia, para nosso orgulho e satisfação, todo o eleitor ou eleitora tem o direito de buscar cargo público e o eleitor ou eleitora a opção de votar em postulantes às funções públicas de acordo com seus anseios, conhecimentos, valores e ideologias. Só não podem reclamar depois a eventual frustração por falta de atendimento de expectativas por candidatos ou candidatas aos quais confiaram seus votos. Por isso, antes de digitar números na urna eletrônica o cidadão ou cidadã precisa buscar informações e apelar às suas memórias para saber exatamente de quem se tratam as pessoas que lhes solicitam apoio e votos. Se não fizer essa avaliação com a correção necessária não terá o direito de reclamar depois pela falta de atendimento de suas aspirações e necessidades e muito menos criticar os administradores e legisladores eleitos.
Dessa forma esperamos prosseguir dialogando e escutando a população local e regional, ouvindo delas a alegria e a confiança de haverem votado corretamente, feito as melhores escolhas e estarem
convictas de que terão suas carências e aspirações atendidas, em benefício de toda a sociedade. Escolhendo os candidatos e candidatas com correção, o cidadão ou cidadã terá a certeza de que os eleitos conhecem as necessidades e prioridades dos bairros e comunidades da área rural. Para isso, assumirão seus cargos conhecendo atribuições, funções do poder público, limites da arrecadação pública e da legislação, além das tarefas que terão de assumir para destinar recursos necessários à execução de obras e prestação de serviços, com qualidade e agilidade que a população almeja.
*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado E-mail: dilceu.joao@uol.com.br