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A geração e extinção de empregos e a inteligência artificial (IA)

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Dilceu Sperafico*

Entre os temas debatidos no Dia do Trabalho deste ano estiveram efeitos da Inteligência Artificial (IA), na extinção de antigos empregos e geração de novas funções profissionais. Isso porque desde que a IA generativa se tornou popular no fim de 2022, muitos trabalhadores passaram a temer perder seus empregos, pois se começou a falar que a tecnologia iria substituir a mão-de-obra de seres humanos. Ainda bem que novos estudos mostram que a tecnologia vai apenas mudar o trabalho humano. Estudo denominado “O futuro do trabalho em 2030”, do Fórum Econômico Mundial, prevê que o volume de tarefas feitas exclusivamente por humanos, atualmente maioria em ambientes de trabalho do mundo inteiro, será reduzido em empresas de muitos países. Enquanto isso, ações realizadas apenas por máquinas subirão 50%. Os pesquisadores reuniram tarefas em ambientes de trabalho em três grupos, com respostas coletadas em mil empresas do mundo, sobre o estado atual do trabalho e as perspectivas de futuro em seus diversos segmentos.

As conclusões a que chegaram foram que ações feitas apenas por pessoas eram 47%; ações feitas por pessoas e máquinas, 30%; e ações totalmente automatizadas, 22%. Para 2030, a previsão é que o cenário seja diferente, com ações feitas apenas por pessoas de 33%; ações feitas por pessoas e máquinas, 33%; e ações totalmente automatizadas: 34%. Além disso, diferentemente da tese de que a IA vai extinguir empregos, o relatório mostra que muitos novos postos de trabalho serão criados. No estudo do Fórum Econômico Mundial, 92 milhões de empregos deixarão de existir no planeta. Por outro lado, 170 milhões de vagas, quase o dobro, serão criadas. As profissões que receberão mais destaque no futuro próximo estão, na grande maioria, associadas à tecnologia. Até 2030 as pessoas vão trabalhar mais com máquinas e haverá tarefas totalmente automatizadas, com a automação de trabalhos dentro de profissões visando ganhos em produtividade.

Conforme o mesmo estudo, os 15 empregos com maior crescimento serão os de especialistas em Big Data, engenheiros de Fin Tech, especialistas em IA e Aprendizado de Máquina, desenvolvedores de softwares e aplicações, especialistas em gestão de segurança, especialistas em armazenamento de dados, especialistas em veículos autônomos e elétricos, designers de UI e UX, motoristas de caminhões leves ou serviços de entrega, especialistas em internet das coisas, engenheiros Dev Ops e engenheiros de energia renovável. Já os 15 empregos em maior declínio serão profissionais dos Correios, caixas de bancos e escriturários afins, digitadores de dados, caixas e balconistas, assistentes administrativos e secretários executivos, trabalhadores da indústria gráfica e afins, escriturários de contabilidade, escrituração e folhas de pagamento, escriturários de registro de materiais e controle de estoques, atendentes e condutores de transporte, vendedores de porta em porta, jornaleiros, ambulantes e trabalhadores afins, designers gráficos, reguladores, examinadores e investigadores de sinistros, oficiais jurídicos, secretários jurídicos e operadores de telemarketing. Na prática, enquanto algumas pessoas têm receio de perder seus empregos para a IA, outras torcem para que isso aconteça o mais rápido possível. No Brasil a situação é mais difícil porque o agronegócio exige muito de trabalhadores, com os avanços da tecnologia e expansão da produção.

*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br

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