Os alunos do Ensino Médio transformaram a teoria sobre a composição de movimentos em foguetes que alcançaram mais de 115km/h

Num mundo onde tudo se transforma constantemente e em alta velocidade, a educação é desafiada a inovar. O filósofo e pedagogo americano, John Dewey dizia que o aprendizado é uma relação indissociável entre a teoria e a prática e que o conhecimento é fruto de uma construção coletiva onde se compartilha experiências. Os alunos lassalistas têm vivenciado esta metodologia e os resultados apontam para aprendizados mais significativos. A exemplo disso, o Projeto de Lançamento Oblíquo de Foguetes, da disciplina de Física, transformou teorias, cálculos e experimentos em foguetes velozes.

A Supervisora Pedagógica, Juraci Casagrande explica que o ensino por projetos tem favorecido o repensar do aprender e ensinar. “O foco não é medir quantitativamente o conhecimento, mas sim avaliar a forma global deste aprendizado, desde a proatividade, a criatividade, a capacidade de comunicar e entender a aplicabilidade deste conhecimento. Desta forma, o que o aluno aprende é mais significativo”.

No Colégio La Salle esta prática tem modificado o cotidiano das aulas. O professor de física, Syonei Zanette recentemente trabalhou com seus alunos a composição dos movimentos e os desafiou a relacionarem a teoria e a prática num torneio de lançamento de foguetes. O resultado superou as expectativas. “Associar a prática com a teoria fundamenta muito mais. Temos um despertar dos alunos muito maior do que se tivéssemos trabalhado apenas os conteúdos, isso desenvolve a ciência de forma muito mais acentuada”.

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O professor aposta que esta metodologia favorece a preparação dos alunos para provas, Enem e vestibulares. “Vemos que as questões do Enem ou vestibulares são muito mais contextualizadas, os autores das questões buscam muito o cotidiano do aluno, e quando trabalhamos com projetos estamos promovendo um cotidiano que desenvolva esta habilidade de contextualizar e experimentar de maneira concreta a teoria o que dá um diferencial na interpretação das questões”.

O aluno Leonardo Cruzatti conta como foi o processo deste aprendizado. “Nosso primeiro protótipo deu certo, mas o alcance máximo a partir do lançamento era de cinco metros. A partir do segundo descobrimos que tudo se aprende com os erros”.

O colega Pedro Martins concorda que o aprendizado a partir dos erros deram um significado a mais aos estudos. “Descobrimos que o foguete voaria melhor se reduzisse o atrito com o ar. Afinamos o bico para entrar mais água, pois assim ele voaria mais longe… e assim fomos percebendo os nossos erros e aprendendo com eles”.

Mais que fixar conteúdos os alunos significaram o conhecimento e fizeram disso um diferencial para a vida. “Nossa leitura, hoje com essa aplicação é totalmente diferente. Hoje fazer uma prova ou ler qualquer coisa em relação a isto traz um entendimento muito maior”, complementou a colega Kamille de Carvalho.

O Projeto Lançamento Oblíquo de Foguetes foi desenvolvido com os alunos da 1ª Série do Ensino Médio do Colégio La Salle. A equipe formada pelos alunos Leonardo Cruzatti, Pedro Martins, Mariana Pedrine, Beatriz Nascimento e Kamille Carvalho foi a vencedora do lançamento. O foguete desenvolvido por eles, atingiu 115km/h e alcançou 103 metros.

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