Empresa Bioalgas atua no mercado desde 2012 e possui uma fazenda marinha no Rio de Janeiro
A busca por mais produtividade no campo tem impulsionado descobertas de novas soluções que auxiliam na criação de produtos mais sustentáveis e eficazes. E vem do mar um produto que tem sido cada vez mais explorado, as algas. A nova residente no Biopark, a empresa Bioalgas, atua no cultivo e processamento de algas marinhas para a indústria alimentícia e principalmente para fertilizantes líquidos aplicados no campo.
Desde 2012 a empresa cultiva a alga marinha Kappaphycus alvarezii, uma macroalga que pertence à classe das Rhodophytas (algas vermelhas). A planta é cultivada em uma fazenda marinha localizada em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro, com a autorização do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e do INEA – Instituto Estadual do Ambiente, o que atesta a responsabilidade e compromisso ambiental da atividade.
“Fazemos o cultivo e processamento dessa alga para a obtenção de um extrato líquido usado como matéria-prima para indústrias de fertilizantes agrícolas das mais diversas culturas, como soja, milho, feijão, café, entre outras”, explica Matheus Costa, mestre em Engenharia de Energia na Agricultura e um dos sócios da empresa.
Na fazenda marinha a macroalga é plantada, colhida e replantada. O desenvolvimento do negócio surgiu a partir da observação de um nicho de mercado. “O uso de algas na agricultura não é uma novidade. O mercado agrícola brasileiro já utiliza tipos de algas, mas 90% dessa matéria-prima para as indústrias de fertilizantes do setor agrícola são importadas. Acreditamos que com o cultivo dessa alga no Brasil teremos um ótimo custo benefício e assim a otimização da rentabilidade da cadeia produtiva, desde as indústrias até o produtor rural”, ressalta Matheus.
Atualmente a empresa tem clientes em várias regiões do Brasil, fornecendo matéria-prima para grandes e pequenas indústrias. “Cada empresa que comercializamos tem um nicho de produtos em específico, desde hortifrúti até grandes culturas. Um dos Estados referência na agricultura e que possuímos importantes clientes é o Paraná, e isso também nos motivou a formalizar uma unidade aqui”, explica Matheus.
No Biopark o objetivo é ter uma unidade de pesquisa e desenvolvimento e um escritório. “O intuito da empresa aqui no Biopark é desenvolver uma unidade de pesquisa onde possamos melhorar o produto que já temos e também trabalhar em outros a base de algas”.
A Bioalgas pretende expandir o portfólio com produtos para a indústria alimentícia, nutrição animal e nutracêuticos para humanos. “Queremos explorar mais essa biomassa riquíssima e acreditamos que o Ecossistema criado pelo Biopark é o local ideal para isso”, ressalta Matheus.
Fonte: Assessoria