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13º salário movimenta a economia de Toledo e especialista alerta para uso consciente do recurso

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13º salário deverá movimentar o comércio de Toledo. Foto: Gazeta de Toledo

Por Marcos Antonio Santos

Professor Jandir, da Unioeste, destaca impactos do benefício no comércio local e orienta sobre organização financeira diante de juros altos e início do ano

O fim de ano se aproxima e, com ele, chega uma expectativa para milhões de trabalhadores: o pagamento do décimo terceiro salário, uma importante conquista que representa uma renda extra significativa. A primeira parcela deve ser paga até esta sexta-feira, 28 de novembro, enquanto a segunda parcela tem prazo até 20 de dezembro. Economistas e especialistas em finanças recomendam que esse recurso seja utilizado de forma planejada, priorizando a quitação de dívidas, reservas de emergência, investimentos ou compras essenciais, evitando o consumo impulsivo. Para muitos, o benefício é também uma oportunidade de organizar as finanças pessoais e encerrar o ano com mais tranquilidade financeira.

13º SALÁRIO – O professor Jandir Ferrera de Lima, da Unioeste campus Toledo, que atua como professor e pesquisador nas áreas de desenvolvimento regional, economia regional e agronegócio, coordenando programas de pós-graduação e conduzindo pesquisas sobre dinâmicas socioeconômicas e planejamento territorial, comenta que o 13º salário injeta muito dinheiro na economia local e impulsiona o comércio, mas é importante planejar os gastos com IPVA, IPTU e despesas do início do ano.

“Agora, chegando ao final do ano, muitos estão recebendo o 13º salário, que representa uma boa injeção de recursos na economia toledana. Estamos falando de milhões de reais que entram por meio do 13º de servidores públicos estaduais, municipais e federais, dos trabalhadores da iniciativa privada e de todos aqueles que têm direito ao benefício. Essa entrada de recursos é um alívio para o comércio. Porém, cabe lembrar que, no final do ano, também chegam os impostos, como o IPVA e o IPTU. No início do ano seguinte, surgem as despesas com materiais escolares. Quem tem seguro vencendo no fim do ano e renova o seguro do automóvel junto com o IPVA também precisa de atenção especial. Mesmo com a redução na alíquota do IPVA, os impostos ainda representam uma carga pesada no Brasil.”

Foto: Gazeta de Toledo
Foto: Gazeta de Toledo

JUROS – Jandir Ferrera orienta que o ideal para quem está recebendo o 13º é sempre quitar dívidas, já que a taxa de juros é muito elevada no Brasil, principalmente a do cartão de crédito, que passa de 400% ao ano.

“O ideal para quem está recebendo o 13º é sempre quitar dívidas. A taxa de juros é muito elevada no Brasil, principalmente a taxa de juros do cartão de crédito, que passa de 400% ao ano. A taxa de juros do comércio também é extremamente elevada, podendo chegar de 100% a 200% ao ano. Por isso, o mais indicado é quitar financiamentos, dívidas e outros compromissos. Também é importante guardar uma reserva para fazer frente às despesas de final de ano, além dos gastos com as festas e dos impostos e taxas que incidem na virada de um ano para o outro. Cabe lembrar que, para investir, é preciso poupar. Para quem ainda tem uma sobrinha do 13º — ou até o valor integral — e deseja fazer algum tipo de aplicação financeira, a opção mais segura no Brasil ainda é a caderneta de poupança, apesar do rendimento muito baixo. Outra possibilidade é aplicar em fundos de investimento lastreados em títulos públicos. A orientação é procurar o gerente da sua agência bancária ou seu corretor de investimentos e solicitar que o valor disponível do 13º seja alocado em uma aplicação lastreada em títulos da dívida pública ou, caso prefira algo mais simples, na própria poupança. Isso proporciona maior segurança. Como estamos em um período de turbulência, não é recomendado correr grandes riscos, e a taxa de juros que remunera os títulos públicos está em um patamar bastante interessante.”

TAXAS DE JUROS – O professor avalia que a economia brasileira desacelera devido às altas taxas de juros, que tornam o crédito mais caro.

“Em função das taxas de juros que se encontram muito elevadas, o crédito está muito caro no Brasil. A boa notícia é que a inflação deu uma estabilizada e, com isso, há tendência de o Banco Central diminuir as taxas de juros, pelo menos a partir de janeiro ou fevereiro, caso a inflação continue em baixa. Devido ao aumento dessa taxa de juros, que está muito elevada, alguns setores da economia brasileira já começaram a desacelerar há algum tempo, principalmente a indústria. O que vem mantendo o ritmo de expansão ainda é o setor de serviços, que está bem aquecido por conta dos programas de transferência de renda, da expansão do agronegócio, de programas habitacionais e de outras iniciativas do governo para estimular a economia brasileira.”

AGRONEGÓCIO – O professor Jandir ressalta que a economia de Toledo se beneficia do agronegócio, com destaque para a produção de proteína animal e vegetal, e exportação.

“O agronegócio tem sido um carro-chefe da economia brasileira. Tivemos uma boa safra este ano e esperamos que também tenhamos no próximo. Toledo, particularmente, é beneficiado nessa dinâmica, porque possui uma base agroindustrial bem fortalecida, baseada na proteína animal e vegetal. Temos também o setor farmacêutico, que tem um papel importante na economia de Toledo. Porém, a transformação agroindustrial possui maior capacidade produtiva e maior capilaridade no município. Por isso, Toledo é mais sensível a riscos climáticos e a questões fitossanitárias. Quanto ao comércio exterior, somos uma cidade exportadora de proteína e também de calçados. Assim, o mercado internacional nos torna muito sensíveis às turbulências relacionadas a tarifas, à abertura ou não de mercados e às negociações com países estrangeiros. Mas, de maneira geral, Toledo tem aproveitado a boa onda do agronegócio”, ressalta o professor Jandir Ferrera de Lima.

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