Da Redação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Falsa Marca, com o objetivo de desarticular um esquema de falsificação de cosméticos e produtos de higiene. O grupo investigado atuava tanto no mercado interno quanto externo, além de utilizar a atividade criminosa para ocultação e dissimulação de valores.

As investigações tiveram início em 2023 e apontaram que a organização criminosa produzia e comercializava shampoos, condicionadores e máscaras capilares com falsa indicação de uma marca de grande notoriedade. Segundo a PF, o esquema operava ao menos desde 2018. Inicialmente, os produtos eram enviados ao Paraguai e, a partir de 2022, passaram a ser vendidos também em plataformas digitais.

Durante a operação, policiais federais, com apoio da Receita Federal e da Vigilância Sanitária, cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Cascavel. A 4ª Vara Federal determinou ainda o sequestro de imóveis pertencentes aos investigados, além do bloqueio de valores e ativos financeiros. Os suspeitos responderão por crimes como associação criminosa, contrabando e lavagem de capitais, que somados podem resultar em penas superiores a 15 anos de prisão.

De acordo com o porta-voz da Polícia Federal em Cascavel, uma empresa de Curitiba fornecia os produtos, aparentemente dentro da legalidade, com rótulos originais. No entanto, ao chegarem a Cascavel, as embalagens eram adulteradas para simular a marca falsificada. “Não há nada que indique a participação da empresa de Curitiba na falsificação da marca”, esclareceu o representante da PF.

A Polícia Federal destacou ainda que o grupo utilizava empresas de fachada para adquirir insumos, emitir notas fiscais falsas e dar aparência de legalidade ao esquema. Com isso, os produtos eram distribuídos com rótulos adulterados, colocando em risco a saúde do consumidor e afetando o mercado formal.

Em nota, a PF reforçou seu compromisso no combate à pirataria e aos crimes contra a saúde pública e a economia, lembrando que operações como esta visam não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também proteger os consumidores da exposição a produtos irregulares e potencialmente nocivos.

No vídeo abaixo, o delegado federal Lucas Amorin, responsável pela operação, fala sobre a ação.