O jornalista Fernando Braga demonstrou uma postura ética e profissional ao destacar um caso relatado em boletim da Guarda Municipal de Toledo. Segundo a ocorrência, uma mãe, ao encontrar um pacote com entorpecentes no guarda-roupa das filhas, não hesitou em acionar a GM. A decisão da mãe foi enaltecida por Braga com a manchete: “Atitude Exemplar”. Matéria completa AQUI
Falta de visão dos prefeitos
Meu caro vereador Chumbinho Silva, bem pontuado o descaso com os moradores dos arredores do nosso Centro de Eventos Ismael Sperafico. Seu relato me fez voltar no tempo, lembrando da época em que nosso espaço de eventos ainda era o antigo Centro, antes de chegar ao Clube Caça e Pesca — hoje, o Tecnoparque — que enfrentava exatamente os mesmos problemas. A solução só veio graças à visão do então deputado Dilceu Sperafico, de Duilio e José Carlos Schiavinatto, que viabilizaram a mudança para o novo espaço.
24 anos depois…
Já se passaram mais de 24 anos. E o crescimento de Toledo, como você bem destacou, esbarrou na falta de planejamento. Não tenho dúvidas: faltou visão por parte de ex-prefeitos e legisladores. Na época, poderiam ter desapropriado as áreas vizinhas ao Centro de Eventos ou, no mínimo, declarado como de utilidade pública, o que teria impedido a construção de residências ali — e, por consequência, evitado os atuais conflitos.
Ainda há esperança
A área onde está sendo implantado um loteamento da família Costamilam dificilmente será adequada para moradia, considerando sua localização e os usos já consolidados no entorno. Por isso, seria mais que sensato da parte dos vereadores apresentarem uma indicação para a desapropriação daquele espaço, destinando-o à ampliação do Centro de Eventos Ismael Sperafico e à criação de um estacionamento adequado para grandes eventos.
4º Encontro Internacional de Veículos Antigos atraiu multidão em Toledo.
Apesar do mau tempo que predominou no fim de semana em Toledo e afastou parte do público, o 4º Encontro Internacional de Veículos Antigos foi um verdadeiro sucesso. O número de carros expostos superou o do ano anterior, ultrapassando a marca de 1.500 veículos. Um evento que consolidou ainda mais Toledo como referência nacional nesse segmento. 👉 Matéria completa AQUI
Ricardinho em êxtase
Um país inteiro na torcida pelo judô, uma cidade chamada Toledo vibrando por uma medalha, e um técnico baixinho na estatura, mas gigante no tatame: esse é Ricardinho, que viveu momentos de pura emoção ao lado da mãe da atleta Shirlei.
Juntos, eles comemoraram intensamente a vitória que rendeu à judoca a medalha de bronze — e que teve sabor de ouro. Shirlei conquistou o respeito de todos ao derrotar ninguém menos que a atual campeã mundial e vice-campeã olímpica. Um feito que coloca Toledo, mais uma vez, no mapa do esporte de alto rendimento.
Boleto pago com cargo público
Em quem confiar?
A pergunta parece simples, mas na política ela se desfaz no ar como fumaça diante do espelho. O sujeito é eleito com um discurso novo, veste o terno da moralidade, sobe no palanque da esperança… e, mal assume a cadeira, já começa a pagar as contas da campanha. E o pagamento, quase sempre, é feito com moeda pública: cargos, nomeações, favores, contratos. Às vezes, quem era oposição ontem vira braço direito hoje. E se vier de partido ideologicamente oposto? Ora, ideologia atrapalha o caixa…
Dizem que governar é escolher. Mas escolher quem? O primo fiel, o advogado de confiança, o colega de partido, o afilhado de alguém que ajudou na campanha, alguns “indicados” por empresários, ou o concursado que ninguém conhece, mas que entende do riscado? A resposta é tão incerta quanto a lealdade dos escolhidos. E o pior: às vezes, o nomeado é mais fiel aos seus velhos conchavos do que ao novo chefe.
O prefeito não sabe quem colocou ao lado dele. O presidente da câmara desconfia, mas finge que não viu. O deputado, esse já está montando o próprio castelo. E o servidor de carreira? Esse observa. Não fala, mas boicota, se os superiores não lhe for de agrado ou se, eixou de atender sua classe. Quando não acredita no comandante, o navio anda em círculos.
No fim das contas, o poder local é um espelho do Brasil profundo, onde a troca de favores é mais antiga que a carta de Pero Vaz. A política continua sendo um grande escambo, só que agora o espelho virou cargo, e o arco e flecha virou verba de emenda. Há casos, que, algumas escolhas, não têm explicações.
Fica a dúvida, aos novos eleitos e aos veteranos de sempre: será que você está sendo leal ao povo ou está apenas quitando os boletos do passado — com juros e correção partidária?
E quando tudo der errado, não se esqueça de citar Sócrates:
“Só sei que nada sei.”
Mas isso, na política, raramente é ignorância. Às vezes, é só conveniência.
Eliseu Langner de Lima – Jornalista