Estive acompanhando a 4ª edição do Rock Festival de Toledo, realizada neste final de semana sob a excelente organização da Secretaria da Cultura. O evento foi um verdadeiro sucesso! As bandas, escolhidas com base na opinião dos apreciadores do bom e velho rock, já garantiam êxito antes mesmo de subirem ao palco. A sintonia entre público e artistas foi incrível.
Show de Rock – um espetáculo de cultura e energia I
É preciso, sim, aplaudir de pé o trabalho do secretário, dos diretores e de toda a dedicada equipe da Cultura de Toledo. A competência, o comprometimento e a sensibilidade cultural de todos os envolvidos fizeram a diferença. Cada detalhe demonstrou cuidado e respeito ao público e aos músicos.
Show de Rock – um espetáculo de cultura e energia II
Quero destacar também o acerto absoluto na escolha do local. A área, cercada pela natureza, é um verdadeiro presente para eventos musicais. O ambiente proporciona não apenas uma acústica natural melhorada, mas também funciona como uma barreira vegetal que impede a propagação excessiva do som, respeitando os arredores. Nota mil!
Show de Rock – um espetáculo de cultura e energia III
Parabéns a todos os organizadores e apoiadores do festival. Que no próximo ano o Rock Festival de Toledo traga ainda mais grandes bandas, consolidando-se como um dos maiores eventos do gênero no Oeste do Paraná. Que venham mais edições, com ainda mais energia, talento e rock’n’roll!
Secaram as “têtas” – Ressuscitando defuntos e sonhos molhados de terceirização
Na sessão ordinária da última segunda-feira, um episódio digno de tragicomédia parlamentar ganhou os holofotes. O vereador apelidado carinhosamente (ou não) de “No-Cego” resolveu fazer uso de um aparte — isso mesmo, um daqueles momentos em que o microfone vira confessionário — para tentar ressuscitar um projeto já enterrado e com lápide: a famigerada quarteirização da Saúde.
Sim, aquele mesmo plano brilhante que ele, sua ex-sócia de aventuras sanitárias e administrativas — a notória “gauchinha” — e os integrantes da famosa “bolha” defendiam com fervor quase religioso. Um projeto que faria inveja a roteiristas de filmes de assalto: entregar a saúde pública de bandeja para organizações ditas “sociais”, mas com apetite de empreiteiras.
“Acabou a farra!” — O golpe do jaleco branco
Já tinham abocanhado o Hospital Regional (HRT), e os olhos brilhavam com a possibilidade de entregar também as UBSs, o PAM e a UPA para o IDEAS — nome pomposo para o que muitos chamam por aí de terceirização com verniz. Tudo em nome da “eficiência”, é claro. A velha tática: terceiriza-se a responsabilidade, quadruplica-se o custo e, no final, a população continua esperando por um clínico geral como se fosse uma consulta com o Papa.
Mas eis que surge o improvável herói dessa epopeia: o Conselho Municipal de Saúde. Em um ato digno de aplausos (e fiscalização permanente), o conselho barrou a boquinha institucionalizada. Foi como tirar a rolha da champanhe da moralidade pública — secaram as “têtas” que vinham sendo ordenhadas com tanto entusiasmo.
E agora, sem leite, sem teta e sem projeto, restou ao vereador No-Cego o papel de carpideira da terceirização. Chora, mas não convence.
De volta às raízes: O ressuscitar da secretaria da agricultura em mToledo.

Houve um tempo em que a terra falava mais alto. Não pelos gritos, mas pelo silêncio das manhãs lavradas, pelo cheiro de solo úmido e pelo canto do galo que marcava o tempo antes do relógio. A agricultura era o centro de tudo — do prato à esperança, da economia à identidade. Mas, como tantos outros valores, também ela foi, aos poucos, colocada de lado. Esquecida entre pastas burocráticas e eventos cada vez mais distantes da realidade do campo.
Em Toledo, essa história começa a mudar. Não por acaso, mas por escolha. A atual gestão municipal de Mario Costenaro decidiu ressuscitar a Secretaria da Agricultura — e não há verbo mais simbólico. Ressuscitar é mais que criar: é dar vida de novo a algo que nunca deveria ter morrido. É reconhecer o erro e refazer o caminho com dignidade.
E essa escolha ganha ainda mais força quando se observa o gesto do secretário escolhido e nomeado, Luiz Carlos Bombardelli. Um nome que, antes de ser autoridade, é alguém que como agrônomo conhece a responsabilidade de carregar nos ombros um município que, por 11 anos consecutivos, ultrapassa a marca de R$ 4,5 bilhões em produção bruta agropecuária. Toledo não é apenas produtiva. Toledo é uma potência nacional — e não se trata de exagero, mas de dados, de suor, de verdade.
O prefeito Mario Costenado e o secretário escolhido, Bombardelli, ao convidarem para compor o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo (CMDAT) lideranças de todos os cantos da produção rural, das instituições técnicas às associações de produtores, dos engenheiros agrônomos aos representantes da inspeção sanitária, fez mais do que política: fez justiça. Deram nome, vez e voz a quem faz.
Essa pluralidade de olhares no conselho mostra que a agricultura não é um setor isolado — ela é um ecossistema. É o leite tirado de madrugada, o frango que cresce em silêncio, o suíno alimentado com cuidado, o peixe criado com ciência. É a sanidade animal, a conservação ambiental, o planejamento urbano e rural que se entrelaçam. Tudo pulsa junto. Tudo precisa estar representado.
E, com isso, renasce também a esperança da volta da EXPOTOLEDO — essa vitrine que já foi orgulho e, nos últimos tempos, virou sombra do que poderia ser. Imaginá-la de volta, repaginada, pulsante, com a grandeza de quem carrega o título de maior polo agroindustrial do Brasil, é imaginar Toledo de novo no centro do mapa agrícola com o destaque que merece.
O produtor e o campo não precisam de tapinhas nas costas. Precisam de reconhecimento real, de políticas sólidas, de respeito institucional. E tudo isso começa com gestos. Com escuta. Com representatividade.
Se o futuro é incerto, que ao menos saibamos onde pisamos. E em Toledo, pisa-se em terra fértil. Que essa nova fase seja mais que simbólica. Que seja, como a própria agricultura, um compromisso com o que dá sustento à vida.