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O Sindicato Rural Patronal de Toledo foi anfitrião de uma comitiva de alemães que veio conhecer o agronegócio Paranaense praticado no Oeste do Estado. O grupo era formado por produtores rurais, especialmente ligados às atividades da suinocultura e avicultura, das regiões de Frankfurt, Munique, Colônia, Berlin, entre outras.

Durante o encontro, foram feitos comparativos entre sistemas de produção, custos, oportunidades de investimentos e o potencial que cada país possui no mercado global altamente competitivo da proteína animal, inclusive, muito visado em se tratando de questões ambientais.

A Alemanha possui um sistema adequado de tratamento de dejetos de suínos, assim como a região de Toledo vem se consolidando no processo. Ambos são semelhantes e avançam para melhores padrões. Integrantes do grupo ficaram impressionados que no Paraná alguns produtores não vendem os dejetos para outras propriedades, cenário que está se modificando com a implantação de biodigestores e a perspectiva de venda do que se transforma em adubo. O grupo observou com atenção as explanações feitas sobre os resultados obtidos em projetos de biodigestão e produção de energia.

Eles também entenderam como semelhantes as legislações ambientais que pressionam as atividades, sobretudo da pecuária, e buscaram entender os custos de produção atrelados aos custos da propriedade rural. No encontro, foi comentado que o agronegócio brasileiro é altamente competitivo e preserva o meio ambiente, conforme previsto em legislações específicas de cada cadeia produtiva e, evidentemente, o que preceitua o Código Florestal Brasileiro.

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Além dos custos de produção na suinocultura, que estão muito próximos da realidade local, os alemães tiveram interesse em conhecer o sistema de produção integrado, que ocorre com maior frequência na Região Sul do Brasil, diferente da Alemanha. Eloi Favero, que é o representante do Sindicato na Comissão Técnica de Suinocultura do Sistema Faep/Senar-PR e é vice-presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), abordou as vantagens do sistema de integração em momentos de altas e baixas do mercado.

A recepção na sede do Sindicato Rural foi feita pelo presidente Nelson Gafuri, que externou a satisfação em receber a comitiva alemã na entidade que representa a classe empregadora rural e, especialmente, no município que é campeão na produção de alimentos, concentrando o maior valor bruto da produção agropecuária do Paraná há onze anos consecutivos. Ele destacou que esse reconhecimento se deve ao trabalho diário dos produtores rurais na administração de atividades essenciais para a movimentação econômica, inclusive da cidade, pois funcionam 24 horas/dia, e sete dias por semana.

Participaram da recepção à comitiva o secretário do sindicato Edmar Bombardelli e o conselheiro Loreni Cella, além do secretário de Agronegócio, Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Diego Bonaldo. O secretário salientou que Toledo tem 681 granjas de suínos e 221 com avicultura.

O vice-presidente do Sindicato Rural de Toledo, Edenilson Copini, que também preside a Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná, salientou os avanços da atividade à comitiva alemã e guiou produtores no trajeto do Sindicato Rural pelas rodovias asfaltadas de Toledo, observando – de fora – as granjas que formam o cenário do agronegócio local. O trajeto foi percorrido até o Clube Caça e Pesca, onde almoçaram o tradicional Porco Assado no Rolete.

Também marcou presença o avicultor Jarbas Perondi, membro da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec). Após o almoço, no feriado da Proclamação da República, os alemães visitaram o Frigorífico Sardella (peixes), onde se interessaram em conhecer todo o sistema de produção até o abate.

Fonte: SRT