Nesta terça-feira, o prefeito eleito de Toledo, Mario Cesar Costenaro, anunciou mais dois nomes que integrarão sua equipe de governo, somando-se aos sete já divulgados anteriormente e um superintendente: Neuroci Antônio Frizzo e Reinaldo Salles.
Assessor de Governo, Projetos e Programas
Neuroci Antônio Frizzo é economista, pós-graduado em Marketing e Gestão Bancária. Com 25 anos de experiência como bancário, ele também é empresário no setor de transportes e professor de disciplinas como Economia, Economia Política, Administração Financeira e Orçamentária, e Mercado de Capitais. Multiplicador certificado pela Bovespa, Frizzo foi presidente da Ferroeste e ocupou diversos cargos na Prefeitura de Toledo, incluindo as secretarias de Fazenda e Captação de Recursos, Infraestrutura Urbana e Rural, Planejamento, e Habitação e Urbanismo.
Chefia de Gabinete
Reinaldo Salles é casado com Ivete B. Sales, pai de três filhos e avô de oito netos. Fundador da antiga Serpatol, hoje transformada em EMDUR, dentro da estrutura da Prefeitura de Toledo, Salles também atuou como encarregado de obras na gestão de Wilson Carlos Kuhn. Foi presidente da Assermuto (Associação dos Servidores Públicos Municipais de Toledo), além de ter exercido os cargos de diretor de Obras e chefe de Gabinete durante as administrações dos ex-prefeitos Derli Donin e José Carlos Schiavinato (in memoriam). Formado em Ciências Econômicas pela antiga Facitol (hoje Unioeste), é também agricultor e comerciante.
Com a inclusão desses dois nomes, Mario Costenaro já definiu nove secretarias e a superintendência da EMDUR. Confira a lista completa:
- Sheila Maria Rodrigues Delava – Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano
- Marcelo Douglas Marques – Secretaria de Administração
- Nilton Augusto Guimarães Perlin – Secretaria de Saúde
- José Airton Cella – Superintendência da EMDUR
- Janice Salvador – Secretaria de Educação
- Luciana Alves Fogaça – Secretaria de Meio Ambiente
- Fabio Leal Oliveira – Secretaria de Infraestrutura Urbana e de Serviços Públicos
- Leandro Marcelo Ludvig – Secretaria de Recursos Humanos
Com sua equipe de governo quase completa, o prefeito eleito avança na estruturação da nova administração, que assumirá a gestão da cidade a partir de janeiro de 2025.
Não era o momento, nem o local
Essa foi a opinião compartilhada por muitos empresários presentes no evento da Acit, realizado no Yara Country Club, onde foram entregues os certificados de destaque empresarial. A insatisfação foi gerada pelo discurso “afiado” do atual prefeito, que, para muitos, destoou completamente do propósito da ocasião.
Não era o momento, nem o local – I
As feridas políticas deixadas pelas eleições de 2024 ainda estão longe de cicatrizar. Algumas delas, marcadas pela soberba e pelo embate acirrado, parecem resistir ao tempo e a qualquer “pomada antiarrogância”.
Não era o momento, nem o local – II
A prova disso ficou evidente durante a entrega da honraria, momento que deveria exaltar os destaques empresariais, mas foi ofuscado por dois deslizes do atual gestor. Ao invés de consolidar sua liderança, ele acabou minando ainda mais sua posição.
Não era o momento, nem o local – III
O primeiro equívoco foi a defesa enfática de seu “pupilo”, o secretário da AgriDeseco, que soou como uma tentativa forçada de justificar ações passadas. O segundo, e ainda mais controverso, foi o anúncio precipitado de sua intenção de se lançar como pré-candidato a deputado estadual. O resultado? Um ambiente de incredulidade e desaprovação, até mesmo entre seus próprios aliados, revelando o desgaste político que o acompanha.
Escolher com o coração e a razão
Na vida pública, como no particular, há decisões que pesam mais que um caminhão de responsabilidades. E nenhuma delas é mais desafiadora do que montar uma equipe: uma composição que precisa equilibrar competência técnica e confiança pessoal, como se fosse uma balança delicada onde um lado jamais pode superar o outro.
Imagine um maestro escolhendo músicos para uma sinfonia. O violinista pode ser genial, mas e se ele não seguir a batuta? O percussionista pode marcar o ritmo como um relógio suíço, mas e se ele descompassar o grupo com uma atitude arrogante? Em política e gestão, essas notas dissonantes soam como um eco interminável, com consequências para milhares — às vezes milhões — de vidas.
Ao montar sua equipe, um líder vive um dilema: optar por quem entende da partitura técnica ou por quem conhece de cor o ritmo do seu coração? No final, descobre que a escolha precisa ser um casamento entre os dois: profissionais que dominam a técnica, mas que também sejam afinados com a confiança necessária para tocar juntos na mesma melodia.
Afinal, não basta ser técnico. É preciso ter valores alinhados, princípios convergentes e uma disposição inabalável para colocar os interesses coletivos acima dos individuais. É por isso que o líder olha além dos currículos. Ele busca na essência de cada pessoa algo que só a convivência revela: a honestidade para admitir limites, a coragem de discordar com respeito e a ética para defender o que é certo, mesmo quando ninguém está olhando.
Escolher pessoas de confiança não é sobre montar um círculo de amigos íntimos. É sobre montar um círculo de pessoas confiáveis, capazes de falar a verdade, de erguer uma crítica construtiva, de se posicionar contra o vento da bajulação que tanto desgasta o tecido da boa governança. E, ao mesmo tempo, é confiar que essas pessoas têm o preparo técnico necessário para traduzir sonhos em ações, ideias em projetos, intenções em resultados.
Claro, sempre haverá quem questione essas escolhas. A política é um palco onde as luzes da crítica jamais se apagam. Mas o líder que alia técnica e confiança sabe que sua bússola interna está apontando na direção certa. Ele sabe que, no fim das contas, liderar não é apenas sobre fazer escolhas — é sobre acreditar nas escolhas que fez.
Porque, no grande teatro da gestão, as notas mais belas não vêm de quem toca sozinho, mas da harmonia que se constrói entre técnicos preparados e confiáveis. E é nesse equilíbrio que o espetáculo acontece, ao som de uma melodia que ecoa em progresso e confiança. Agora, que venham os demais nomes que faltam para completar a orquestra que será regida por Mario Costenaro, para quem sabe, receber aplausos ou vaias.