Por Marcos Antonio Santos
A variação percentual mensal da cesta básica de alimentos em Toledo, o índice acumulado dos últimos 12 meses e o índice acumulado do ano corrente (2024) indicaram que, entre setembro e outubro deste ano, houve uma elevação de 4,55% no custo da cesta. Em setembro, a alta foi de 4,46%. O índice acumulado — variação no ano, de janeiro a outubro de 2024 — é de 5,70%, enquanto o índice acumulado dos últimos 12 meses é de 10,38%.
Em termos de valores, a cesta básica em outubro de 2024 (R$ 643,21) está 10,38% mais cara em comparação ao custo em novembro de 2023 (R$ 582,72). Nos últimos 12 meses, houve aumentos em 8 meses e reduções em 4 meses no custo. Para o ano de 2024 (janeiro a outubro), o índice acumulado registrou uma elevação de 5,70%, ou seja, a cesta básica custava R$ 608,53 em janeiro de 2024 e passou para R$ 643,21 em outubro de 2024.
ALTAS – Dos 13 itens da cesta básica, 10 produtos apresentaram aumento no preço médio: batata (12,63%), óleo de soja (11,74%), tomate (11,70%), café (8,91%), pão francês (5,58%), carne (5,25%), açúcar (3,47%), arroz (3,42%), feijão (2,63%) e margarina (2,14%).
QUEDAS – Três produtos apresentaram redução no preço médio no período: farinha de trigo (-13,19%), leite (-3,66%) e banana (-0,90%). De acordo com a Tabela 3, a batata teve o maior aumento no período analisado, de 12,63%, devido à redução da oferta. O óleo de soja foi o segundo maior aumento, de 11,74%, impulsionado pelo aumento das exportações e menor oferta interna. O tomate apresentou o terceiro maior aumento (11,70%), devido à redução de oferta no fim da safra de inverno. O café teve o quarto maior aumento (8,91%), causado pelo aumento das exportações e pela baixa produção em função do clima seco e estiagem.
A farinha de trigo apresentou a maior redução (-13,19%) após um aumento inesperado no mês anterior, comportamento não observado em outras regiões. O leite, com a segunda maior redução (-3,66%), também apresentou uma trajetória distinta em comparação ao restante do país (DIEESE, 2024).
Com relação à variação total da cesta básica individual em outubro de 2024, que foi de 4,55%, o aumento nos preços da carne e do tomate teve o maior impacto no índice.
CARNE – Embora a carne não esteja entre os produtos com maior aumento no período, ela possui peso significativo no custo total da cesta básica, representando cerca de 40% do valor. O aumento deve-se às queimadas, estiagem e maior volume de exportações, que reduziram a oferta interna.
SALÁRIO-MÍNIMO IDEAL – O valor do salário-mínimo necessário para adquirir a cesta básica e cobrir despesas domésticas, como habitação, vestuário e transporte, em Toledo, seria de R$ 5.168,45 em setembro de 2024 e de R$ 5.403,58 em outubro de 2024. Comparando com o salário-mínimo nacional necessário em outubro de 2024, o valor seria de R$ 6.769,87, ou 25,28% superior ao de Toledo. Em outubro de 2024, o salário-mínimo necessário em Toledo corresponde a 3,83 vezes o piso nacional vigente de R$ 1.412,00.
RELATÓRIO – O relatório, elaborado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), que integra o curso de Ciências Econômicas e os programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e em Economia (PGE) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Toledo, apresenta a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo referente ao mês de outubro de 2024. Essa pesquisa faz parte de um convênio entre a Unioeste — Campus Toledo e a Prefeitura Municipal de Toledo.