(Foto: Iron Braz)

Da Redação

Desde a última segunda-feira, 4, o novo esquema vacinal contra a poliomielite, que eram as duas doses de reforço com a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como “gotinha”, foi substituída por uma dose da vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável. A VOP saiu de circulação no dia 27 de setembro.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Toledo, Thais Schmidt Vitali Hermes, disse que esse período de pouco mais de um mês foi para a logística reversa, as doses foram recolhidas nas unidades de saúde e as levadas para a Regional de Saúde. “De lá, a Regional as enviou para a Sesa, e o estado, para o Ministério da Saúde. Para garantir uma transição segura e evitar o risco de administração incorreta de uma vacina que não está mais indicada”.

Segundo ela, essa foi uma mudança nacional e era discutida há bastante tempo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com as Câmaras Técnicas, pois completam-se 34 anos desde a erradicação do vírus selvagem da poliomielite no Brasil.

“Não temos casos há bastante tempo no Brasil e no mundo. A vacina oral contém um vírus vivo, apenas atenuado, ou seja, enfraquecido. Portanto, existem alguns riscos devido à presença desse vírus vivo. Já a vacina injetável contém o vírus inativado, ou seja, morto, o que a torna muito mais segura. Como estamos há todos esses anos sem a paralisia causada pela poliomielite no Brasil, e o cenário mundial é favorável, essa mudança torna a vacinação ainda mais segura. A vacina oral, por conter o vírus vivo, apresentava mais riscos, embora fosse muito eficiente na produção de anticorpos e na erradicação da paralisia, que causou muito sofrimento às crianças nas décadas de 1970 e 1980. Além disso, promovia a imunização de rebanho, protegendo toda a comunidade. Agora, como a poliomielite foi erradicada, a vacina injetável, por conter o vírus morto, é mais segura, o que justifica essa mudança”, afirma a enfermeira.

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