Da Redação
O quarto e último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em 2024, realizado pelo Setor de Controle e Combate às Endemias de Toledo, será feito na próxima semana, entre os dias 4 e 5 de novembro (segunda e terça-feira). Os agentes de combate a endemias (ACEs) deverão visitar cerca de 1.800 imóveis em todos os bairros da cidade, sorteados aleatoriamente por uma plataforma do Ministério da Saúde.
Em Toledo, foram pactuados quatro LIRAa durante o ano, embora o correto fosse realizar cinco. Contudo, devido ao grande número de imóveis e à complexidade do processo, que é bastante trabalhoso, acordou-se com o Estado a realização de apenas quatro levantamentos.
Neste novo ano epidemiológico, iniciado em 28 de julho deste ano, Toledo já registra 25 casos da doença, o que é preocupante para esse período. Durante o ano epidemiológico de 2023/2024, Toledo registrou 44 mortes por dengue, a maioria das quais de pessoas com comorbidades e uma média de idade de 72,1 anos. Entre as vítimas fatais, 18 eram homens e 26 mulheres.
Ao todo, foram registrados 10.234 casos de dengue, sendo 10.217 autóctones (transmissão local) e 17 importados. Esses números fazem parte das 16.396 notificações de pessoas que apresentaram sintomas de dengue e procuraram atendimento médico.
LIRAa – Em 2024, Toledo realizou três Levantamentos Rápidos de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), com variações nos índices de infestação. No primeiro levantamento, em janeiro, o índice foi de 3,4%, colocando a cidade em alerta para o risco de uma epidemia de dengue, com focos concentrados em bairros como Jardim da Mata e Rossoni II.
O segundo LIRAa de 2024, realizado em abril, indicou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 4%, valor superior ao limite de 1% recomendado pelas autoridades de saúde. Esse levantamento revelou uma situação preocupante no combate ao Aedes aegypti, pois o índice aumentou em relação ao primeiro levantamento do ano, que havia sido de 3,4%.
Os bairros com os maiores índices de infestação foram Lorenzetti (16,66%), Independência (13,33%), Vila Becker (12,5%), Gisela (10,52%) e Panorama II (10,34%).
No terceiro levantamento, realizado em junho, o índice caiu para 1,3%, mas ainda estava acima do limite recomendado pelos órgãos de saúde, que é de 1%. Os bairros com as maiores taxas de infestação foram Jardim Tancredo e Jardim da Mata.
Os agentes de endemias identificaram focos do mosquito principalmente em recipientes como pratos de plantas, depósitos fixos, pneus e cisternas.