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Pais de alunos do Colégio Ayrton Senna participam de debate sobre o “Escola Parceira”

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Por Marcos Antonio Santos

O Colégio Ayrton Senna, localizado no bairro São Francisco, em Toledo, organizou, na noite desta segunda-feira, 21, uma assembleia geral com os pais para discutir o programa “Escola Parceira”, uma iniciativa que busca fortalecer a colaboração entre a instituição de ensino, os pais e a comunidade escolar. A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Educação (SEED) e do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, reunindo cerca de 100 pais.

Durante a assembleia, foram abordados os objetivos do programa, suas diretrizes e o papel ativo dos pais no desenvolvimento das atividades escolares e no sucesso educacional dos alunos. O diretor do Colégio Ayrton Senna, professor Antonio Machado, avaliou o encontro. “De forma geral, a comunidade ouve muito os próprios filhos. Os filhos, em sua maioria, não são muito favoráveis ao programa, enquanto os pais ainda mantêm certas dúvidas sobre a situação. Nesta assembleia, muitos esclarecimentos foram feitos com a presença de pessoas de Curitiba e de Toledo, o que foi muito importante para que os pais tivessem, de forma presencial, um espaço para tirar dúvidas sobre o programa Escola Parceira. Com a presença de aproximadamente 100 pais, o que representa cerca de 20% do total, além de professores e outros membros da comunidade, acredito que o encontro foi positivo”.

Ele destacou que, embora o encontro tenha sido produtivo, ainda há dúvidas sobre como isso se refletirá na votação. “Os pais se baseiam muito no que os professores e seus filhos dizem, então, apesar dos esclarecimentos e das postagens nos grupos de pais e da comunidade, o programa ainda gera algumas incertezas. O lado positivo foi bem explicado, mas ainda restam algumas dúvidas”.

Em novembro, está agendada a votação dos pais. Caso não haja comparecimento de 50% mais 1, a SEED homologará a decisão já prevista em lei. Segundo Antonio Machado, ainda há dúvidas entre os pais sobre o futuro do trabalho dos professores e como as mudanças impactarão a cobrança sobre seus filhos e a melhoria no atendimento pedagógico. “Mesmo que todos os pontos tenham sido abordados de forma geral, a comunidade ainda não está totalmente convencida. Talvez seja necessário um trabalho mais intenso ou um repensar das regras do programa para que ele atinja uma maior aceitação e sua total efetividade. Alguns questionaram se a implementação neste ano não seria precoce, sugerindo 2025 como uma data mais adequada. Porém, essa decisão não depende apenas da equipe escolar, mas da comunidade, que irá votar em novembro”.

Assembleia contou com um bom número de pais. Foto: arquivo pessoal

PROGRAMA – O “Escola Parceira” é uma iniciativa do governo do Paraná, implementada pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), com o objetivo de estreitar a colaboração entre a escola, a comunidade e as famílias dos alunos, promovendo a participação ativa de todos no processo educacional. A ideia central é que, ao fortalecer esse vínculo, as escolas possam melhorar o desempenho acadêmico, criar um ambiente mais inclusivo e fortalecer a gestão escolar.

SEED – De acordo com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), o Escola Parceira é um projeto inovador no campo da gestão escolar, inspirado em modelos internacionais de sucesso, como os dos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Coreia do Sul. O objetivo é implementar melhorias nas escolas estaduais do Paraná, por meio da contratação de empresas especializadas no gerenciamento de instituições de ensino. Trata-se também de uma forma de solucionar uma das maiores queixas dos diretores escolares: a sobrecarga com demandas administrativas e financeiras.

NRE – No Paraná, 200 escolas estão na lista do governo estadual e foram indicadas para aderirem ao Programa Escola Parceira. No Núcleo Regional de Educação de Toledo, 10 colégios fazem parte da listagem, incluindo o Colégio Ayrton Senna (bairro São Francisco) e o Colégio Jardim Europa. Outras escolas do NRE são de cidades como Diamante D’Oeste, Guaíra, Mercedes, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Pato Bragado, São Pedro do Iguaçu e Santa Helena. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) em maio. Se bem-sucedida, a privatização garantirá ao governo um repasse de R$ 800,00 por aluno matriculado.

De acordo com a APP Sindicato, o Paraná tem hoje cerca de 1,2 milhão de estudantes, o que representaria um investimento de R$ 12,2 bilhões por ano. O orçamento atual da Secretaria de Educação é de R$ 11 bilhões.

APP – O Sindicato APP de Toledo informou que, durante esta semana, estão sendo realizadas várias reuniões nas escolas para debater o projeto com a comunidade escolar. O sindicato, que já visitou as escolas envolvidas, se posiciona contra a terceirização das escolas públicas.

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