Por Marcos Antonio Santos
Durante os dias frios e chuvosos em Toledo, as doenças respiratórias, como gripes e resfriados, tendem a aumentar, afetando a saúde pública de maneira significativa. Nessa época do ano, é comum observar um aumento na incidência de problemas respiratórios devido a diversos fatores, como a diminuição da temperatura e a maior permanência das pessoas em ambientes fechados, o que facilita a disseminação de vírus e bactérias.
Artur Vizzotto Zolin, médico de família e comunidade que trabalha na Estratégia de Saúde da Família do Jardim Europa, em Toledo, disse que é bastante comum, nessa época do ano, doenças como gripe, resfriado, sinusite e covid-19, devido não somente ao tempo mais frio, mas também ao comportamento esperado das pessoas, que acabam ficando em locais fechados, mais quentes, o que contribui para a proliferação das doenças, que são transmitidas pelo ar ou pelo contato entre as pessoas.
“Foi registrado um aumento no número de gripes e resfriados comuns em Toledo neste mês. A saúde no município de Toledo é organizada em vários serviços, sendo que, nesses casos, os mais importantes para o acesso direto da população são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as unidades de pronto atendimento, como o Mini Hospital e a UPA. É claro que, de acordo com a época do ano, as equipes se preparam para atender mais uma doença ou outra. No caso do verão, por exemplo, o número de casos de dengue aumenta muito, o que não acontece agora no inverno. No inverno, vemos as doenças respiratórias sendo as mais importantes. Gripe, covid, resfriado, as equipes acabam se voltando para esse atendimento”.
Para Artur, as vacinas são importantíssimas e são a principal forma de prevenir a doença. “Porque estimulam o nosso próprio sistema imunológico a se fortalecer, o nosso sistema de defesa a se fortalecer e combater os vírus da gripe, da covid, do resfriado comum. Se sua carteira de vacinação estiver desatualizada, procure uma Unidade Básica de Saúde e atualize. É a melhor forma de evitar a doença. Claro, junto com a vacina é sempre importante lavar bem as mãos. Se estiver tossindo, fazer etiqueta respiratória. Se for para algum local fechado, é importante estar com a presença de máscara também, para evitar o contágio”, orienta.
SINTOMAS – “Os sintomas esperados dessas doenças são febre, dor de cabeça, tosse, dor no corpo, calafrios, dor de garganta, dores nas juntas; em alguns casos, pode haver diarreia e vômito. Esse é o quadro esperado. O tratamento, na maioria dos casos, é de alívio sintomático. Quando a pessoa começa a ter falta de ar, quando começa a ter descompensação de doenças crônicas, como diabetes ou asma, se ela estiver desidratada ou com alguma dúvida quanto ao seu quadro, é importante procurar o serviço de saúde e passar por avaliação e orientação. E, claro, quando a pessoa precisa pegar medicamentos na UBS, ela acaba tendo que passar por uma avaliação médica para conseguir a receita”, afirma Artur Vizzotto.
CUIDADOS – O médico confirma que as crianças, principalmente menores de cinco anos, e idosos que já possuem outras doenças, como diabetes e pressão alta, são mais suscetíveis a essas doenças. “Mas também é importante lembrar das gestantes, pessoas com doenças autoimunes, pessoas que têm algum órgão transplantado, pessoas com doenças pulmonares, como asma, pessoas com doenças renais ou hepáticas. Esses são grupos de pessoas que têm um risco maior de complicação. Então, algumas delas vamos acabar indicando o uso do Tamiflu. Essas pessoas precisam ficar mais atentas e procurar ajuda precocemente para iniciar o tratamento”, esclarece Artur Vizzotto.
