O tráfico de pessoas é um crime hediondo que viola os direitos humanos mais básicos e afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Caracterizado pelo recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de pessoas, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de exploração, esse crime tem raízes profundas em desigualdades sociais, pobreza e fragilidades institucionais.
A Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SSMU), na pessoa do Coordenador do Setor Maria da Penha e integrante do Comitê de Ações para o Enfrentamento do Tráfico de Pessoas, Guarda Municipal Alessandro Jardel De Paula, participou no dia de ontem, quarta-feira (24/07), do seminário que aconteceu no Anfiteatro Moacir Galante do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (PREMEN), localizado no Jardim La Salle, Tem Toledo.
Durante o evento, a Câmara Técnica de Foz do Iguaçu, representada pelo Inspetor da Guarda Municipal Everson, esclareceu o tema abordado com enfoque no Enfrentamento do tráfico de pessoas nas áreas de fronteira, como uma questão complexa e crucial. O que acontece realmente nesses locais? Acontece que quilômetros de estradas e rodovias federais separam o sonho da realidade sombria. Pessoas são aliciadas com promessas de uma vida melhor e, muitas vezes, acabam sendo exploradas em atividades como trabalho escravo, exploração sexual ou venda de órgãos. Organizações criminosas contam com “parceiros” nas estradas, como taxistas e motoristas de vans e ônibus, para transportar vítimas para locais de exploração.
A exploração sexual, o trabalho escravo e a remoção de órgãos são algumas das formas mais comuns de exploração. As vítimas, muitas vezes em situação de vulnerabilidade, são enganadas com falsas promessas de trabalho, melhores condições de vida ou amor. É crucial oferecer apoio integral às vítimas, incluindo acolhimento, assistência jurídica e programas de reintegração social.
Por isso o enfrentamento ao tráfico de pessoas exige uma ação conjunta de governos, sociedade civil, empresas e indivíduos. É fundamental fortalecer as leis e políticas públicas, investir em prevenção e conscientização, proteger as vítimas e punir os traficantes.
A Guarda Municipal, apesar de suas limitações, desempenha um papel importante no combate ao tráfico de pessoas. Sua atuação, no entanto, é complementar e deve ser integrada às ações de outras forças de segurança, como a Polícia Civil e a Polícia Militar.
Principais atribuições e ações da Guarda Municipal:
– Patrulhamento preventivo: A presença constante da Guarda Municipal em áreas vulneráveis, como rodoviárias, pode inibir a ação de traficantes e auxiliar na identificação de possíveis vítimas.
– Denúncias e informações: A Guarda Municipal, por estar mais próxima da comunidade, frequentemente recebe denúncias anônimas sobre casos de desaparecimento de pessoas. Essas informações são cruciais para a investigação.
– Parcerias com outras instituições: A integração com órgãos de assistência social, saúde e outras forças de segurança é fundamental para garantir um atendimento completo às vítimas e a desarticulação das redes de tráfico.
– Sensibilização da comunidade: A Guarda Municipal pode realizar ações de conscientização sobre o tráfico de pessoas, direcionadas tanto à população em geral quanto a grupos específicos, como adolescentes e trabalhadores migrantes.
Combater o tráfico de pessoas é um desafio complexo e de longo prazo. No entanto, com a união de esforços e a determinação de
construir um mundo mais justo e igualitário, é possível erradicar esse crime e garantir a dignidade de todas as pessoas.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Guarda Municipal de Toledo
