Feliz 48 anos, Fiat 147! Foto: arquivo pessoal

Por Marcos Antonio Santos

O Fiat 147 é um ícone da indústria automobilística brasileira e celebra mais um ano de história neste domingo, dia 14 de julho. Lançado em 1976, ele foi o primeiro carro produzido pela Fiat no Brasil e marcou uma era, sendo conhecido por sua economia de combustível e pela facilidade de manutenção. O modelo se destacou também por ser o primeiro carro a álcool do mundo, uma inovação significativa na época.

Se você é entusiasta de carros antigos, este é um ótimo momento para comemorar e relembrar a importância do Fiat 147 no cenário automotivo brasileiro. Participar de encontros de veículos antigos ou simplesmente compartilhar suas histórias e fotos do modelo nas redes sociais pode ser uma maneira interessante de celebrar essa data especial.

Um dos apaixonados por esse quase cinquentão é Mauro Cezar Rizzo, que mora em Toledo e tem um Fiat 147 Spazio, ano 1983/84. Ele relata que sua paixão por automóveis antigos foi inspirada por seu pai, que era proprietário de um Fiat 147, ano 1978, e foi através dessa conexão que ele aprendeu a dirigir.

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“Com 19 anos, adquiri meu primeiro automóvel, um Fiat 147, ano 1979, na cor marrom Jatobá. Sentia um grande carinho pelo carro, foram muitas aventuras juntos, fiquei com ele por três anos. Devido a outros projetos pessoais, precisei vender, mas o amor pelo Fiat permaneceu. Em 2018, tive a oportunidade de adquirir este modelo, o qual passou por um processo de reforma completa, que durou quatro anos, o que parecia um século, dada a ansiedade em relação à data de aquisição. No processo de reforma, acompanhei todos os passos e fiz algumas alterações para deixá-lo do jeito que eu desejava”.

Mauro Rizzo, a família e o seu Fiat 147 Spazio. Foto: arquivo pessoal

Mauro Rizzo recorda que o Fiat 147 foi o primeiro automóvel equipado com motor transversal e movido a etanol no Brasil, o que lhe rendeu o apelido de ‘cachacinha’ devido ao odor convidativo que saía do escapamento.

“O modelo do qual sou proprietário é a versão mais luxuosa que saiu nos anos 1983 e 1984, com para-choques de plástico envolventes e frisos laterais mais largos, e o painel de instrumentos é maior. O modelo foi lançado com motor 1.300 e câmbio de 5 marchas, o que resultou em outras versões, como o Fiat Oggi e o Fiat Uno”.

Segundo ele, alguns colegas questionam sobre o valor que já desembolsou e a manutenção quando estraga, afinal é um carro que já está com 40 anos. “Mas digo que vale a pena cada centavo, esse carro me propiciou amizades das quais tenho muita estima, amigos que compartilham da mesma paixão. Eu faço parte do Grupo Toledo Automóvel Clube, no qual sempre que posso participo de encontros de carros antigos em outras cidades”, afirma Rizzo.

Ele disse que esse veículo já percorreu cerca de 600 quilômetros em um fim de semana apenas para participar de um encontro de carros antigos na cidade de Nova Londrina. “No próximo mês, o grupo pretende levar os carros para Capioví, na Argentina, para visitar os Hermanos que participaram do nosso último encontro”.

ENCONTRO DE VEÍCULOS ANTIGOS – “Três encontros foram realizados em Toledo para os entusiastas de automóveis antigos, e meu Fiat esteve presente em todos eles. O último evento causou impacto ao reunir mais de 1.200 automóveis antigos, provenientes de diversas regiões do Brasil, Paraguai e Argentina. O êxito do evento foi tão expressivo que, no próximo ano, será ampliado para dois dias. Por isso, já fica meu convite para o ano de 2025, quando o evento será realizado nos dias 14 e 15 de junho”, relata Mauro Rizzo.

Fiat 147, ano 1982, modelo Europa na cor Amarelo Indianápolis. Foto: arquivo pessoal

FIAT/1982 – André Stroparo tem um Fiat 147, ano 1982, modelo Europa, na cor Amarelo Indianápolis. “Comprei ele em 2013, estava bem judiado e nada original, com os estofados do Fiat Tipo, o painel era de um Fiat Elba, e o assoalho quase não existia, tive que refazê-lo do zero. Após dois anos de restauração, ficou pronto. Agora, sim, no padrão original que eu gosto, curto bastante com ele. Onde passa, é sensação; as crianças adoram. Vou a vários encontros de carros antigos na região. Escolhi comprar um 147 porque na época não havia quase nenhum restaurado, e havia muitos Fuscas. Sou um grande entusiasta de carros, motos, bicicletas e tudo o que é antigo”, revela André.

HISTÓRIA – O Fiat 147 também foi pioneiro em muitos aspectos: foi o primeiro carro brasileiro com estepe junto ao compartimento do motor, ou seja, embaixo do capô dianteiro; o primeiro carro no Brasil a utilizar para-choques de plástico polipropileno em larga escala (no modelo Europa, em 1980); o primeiro carro brasileiro com desembaçador traseiro; e o primeiro carro no Brasil com coluna de direção articulada.

Cada amante do Fiat 147 segue reinventando, a seu próprio modo, a história do carro e sua própria história, em que o coração bate no mesmo compasso do ronco do motor. Feliz 48 anos, Fiat 147!