Eleições municipais serão dia 6 de outubro. Foto: Gazeta de Toledo

Por Marcos Antonio Santos

São 107.118 eleitores aptos que irão decidir o futuro do município

De acordo com o Fórum Eleitoral de Toledo, o município tem 107.118 eleitores aptos a votarem nas eleições municipais do dia 6 de outubro. O que representa 71% (150.470) da população de Toledo, segundo o Censo de 2022.

Serão esses eleitores que irão eleger o prefeito e 19 vereadores e vereadoras para o mandato de 2025 a 2028. Em 2020, 76.657 eleitores compareceram às urnas, sendo 22.035 abstenções (22,33%).  Votos válidos foram 70.603 (92,10%); brancos, 2.724; nulos, 3.330.

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Para o professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Toledo, Gustavo Biasoli Alves, a eleição em Toledo tende a despertar o interesse do eleitor.

“Por dois motivos. Primeiro, porque eleição municipal, tem a tendência de ser uma eleição mais acompanhada por parte do eleitor, porque é o cargo político que está mais próximo deles, são prefeitos e são vereadores. Essa tendência é natural. Acredito que será uma disputa muito boa com o jogo jogado realmente dentro das quatro linhas. Os 107 mil leitores terão a chance de escolher bem”, afirma.

Em 2020, 76.657 eleitores compareceram às urnas, sendo 22.035 abstenções (22,33%). Foto: Gazeta de Toledo

REDES SOCIAIS –  O cenário das eleições de 2024 destaca o papel fundamental das redes sociais; avanços e desafios. A legislação eleitoral brasileira regula a propaganda on-line, mas a disseminação de desinformação e polarização política são preocupações. É essencial um esforço conjunto para promover um ambiente eleitoral democrático e republicano, respeitando a liberdade de expressão e combatendo a desinformação.

Gustavo comenta que as redes sociais preocupam. “A gente sabe o motivo que não houve a tramitação do projeto das fake news. Está parado no Congresso por forças políticas atuantes. Que não tem o menor interesse em que, de fato, o assunto seja divulgado, seja levado adiante. Com isso, tem dois problemas. Um, a gente perde, a justiça fica falha no sentido de mecanismos para que se puna com mais rigor, com mais eficiência o mau uso das redes sociais. O bom uso, aquele que é feito para divulgar suas ideias, dentro dos princípios da ética, da legalidade, não tem problema. A questão é o mau uso. É o uso com inteligência artificial de uma maneira inadequada, é o uso para fake news, é o uso para difamação, para injúria, para calúnia. Que nós não temos um mecanismo jurídico potente o suficiente para realmente coibir. Teve todo o processo da Operação Lava Jato e não avançou em nenhum tipo de legislação, que seja mais efetiva no sentido de proibir corrupção, contrato fraudado.  Está tendo ainda o processo e não avançou no sentido de ter uma legislação mais eficaz para controlar, para coibir as grandes empresas e para coibir o mau uso das redes sociais”, ressalta o professor.

Conforme ele, a rede social vai ter um peso cada vez mais importante. “Ela é a forma de comunicação do século 21. Não que outros meios não tenham a sua importância, a televisão tem a sua, o rádio a sua, o jornal impresso tem a sua importância, mas a rede social tende a se tornar o meio mais importante e dominante. Por isso, ela precisa ser bem usada e ter uma regulamentação de acordo também”.

FUNDO PARTIDÁRIO – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como será feita a distribuição dos R$ 4,9 bilhões reservados no Orçamento 2024 para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – conhecido popularmente como “Fundo Eleitoral”.

Gustavo disse que é particularmente contra a existência do Fundo Partidário. “ Acredito que deveria se pensar numa outra forma de financiamento de campanha, com uma regulamentação melhor das doações primadas por CPF. Isso é uma opinião pessoal minha. O que se tem em termos de análise é um recurso significativo, sim, vultuoso, tanto que chama a atenção dos partidos para as coligações, para tempo de TV. Não necessariamente o partido que vai ter o maior recurso irá ser o que fará o maior número de eleitos, isso não tem como afirmar. Porque depende de uma série de coisas, do partido conseguir fazer uma comunicação efetiva, dele ter pautas que consigam conversar com os desejos do eleitor, de ter candidatos que sejam bons de voto. Tem uma série de outras coisas que entram na composição da cesta, para que o eleitor venha tomar a sua decisão. Não é simplesmente o fato de que o partido possa ter um volume de campanha maior, com adesivos mais bonitos, com uma mídia mais bem-feita, que isso vai significar que ele com certeza vai ser o partido de maior destaque nessas eleições”, pondera o professor Gustavo Biasoli Alves.