A sede da prefeitura em aplicar multas é evidente. Na semana passada, foram publicadas no Diário Oficial do Município notificações e multas que penalizaram 382 contribuintes de Toledo. O motivo das penalidades é, em sua maioria, terrenos com mato alto.
Somando todos os números divulgados, mais de 380 cidadãos foram notificados. Se todas as penalidades forem confirmadas, o valor total das multas já ultrapassa os R$ 5,3 milhões.
Maior multa da semana: R$ 459.896,47
Um dos contribuintes autuados pela Vigilância Sanitária de Toledo recebeu uma multa de R$ 459.896,47 (quatrocentos e cinquenta e nove mil, oitocentos e noventa e seis reais e quarenta e sete centavos), correspondente a 4.544,43 URTs (Unidades de Referência Fiscal). A alegação é a falta de limpeza e roçada nos imóveis do ESPÓLIO DE HERMES ANTONIO CESARO.
Enquanto isso, espaços públicos abandonados e procriando mosquitos
Recebi dos moradores do Bairro São Francisco imagens que mostram o Parque Genoveva Pizatto tomado por lixo em todo seu entorno, tanto interno quanto externo. As iluminações estão cobertas por mato e galhos, as calçadas estão quebradas, e todas as lixeiras deterioradas, escoradas com tijolos. Para quem vai a multa?
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Novo Distrito de Toledo
Os toledanos, no dia 6 de outubro, irão eleger não só um novo prefeito, mas também um novo distrito. Através do ATO Nº 16, está agendada a realização de um plebiscito para a criação do distrito, circunscrito à população das localidades de Ouro Preto e Sol Nascente. Todos os eleitores daquela região, que forem votar para seus candidatos a vereador e prefeito, também terão que votar pela aprovação do novo distrito, que, se aprovado, será o 12º Distrito de Toledo.
Um passeio pela terra de “condá”.
Aos nobres vereadores, secretários, convidados e ao prefeito que foram visitaram a minha linda Chapeco, um pouco da história da terra de Indio Conda.
Para quem não sabe, a palavra “Chapecó” vem da língua indígena da tribo dos “kaigang” composta pelos radicais echa (vista) apé(caminha) e (có) roça, ou seja: a palavra “CHAPECO” significa: “pequeno local onde é avista do caminho da roça”.
O antigo estádio do Chapecoense leva o nome de “índio Condá”, hoje “arena condá” em homenagem ao grande cacique da tribo dos “Kaigangs”, que se notabilizou quando das ocupações das terras indígenas do Oeste Catarinense.
Na década de 70 foi erguido uma estátua em ferro e aço, com o arco e flecha em mãos, o cacique Vitorino Condá é representado na estátua como símbolo de luta, feito pelo grande artista plástico Paulo de Siqueira, ou, simplesmente “pauleti ao lado da Igreja Matriz Santo Antonio, na avenida Getulio Vargas, depois foi instalada junto a Arean Conda, porém hoje se encontra em frente ao Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês a fim de dar mais visibilidade à obra. Eu tive o grande prazer de conhecer essa grande artista.
Descrevo isso, para enriquecer os argumentos, pois, sei que, voltarão com as soluções já definidas antes mesmo da saírem daqui da terrinha.
A mão pesada da prefeitura
Na manhã ensolarada de sexta-feira, dia 21 de junho, enquanto os moradores de Toledo se preparavam para mais um fim de semana comum, o inesperado bateu à porta de mais 82 contribuintes, somando ao todo, 382 ferrados. No Diário Oficial do Município, lá estavam suas punições: multas por terrenos com mato alto, acumulando um impressionante total de R$ 5,3 milhões.
Entre os penalizados, uma figura chamou a atenção. O espólio de Hermes Antônio Cesaro foi agraciado com a maior multa da semana: R$ 459.896,47. A razão? Segundo a notificação, por falta de limpeza e roçada em seus imóveis, o que na verdade, não confere segunda a familia. Uma cifra tão alta que fará qualquer um questionar a justiça ou a severidade das regras.
Enquanto a prefeitura aplicava a mão pesada, do outro lado da cidade, o cenário era bem diferente. No Bairro São Francisco, o Parque Genoveva Pizatto estava entregue ao abandono. O lixo espalhado, as iluminações cobertas por mato e galhos, calçadas quebradas e lixeiras deterioradas contavam uma história de descaso e negligência. O parque, outrora um espaço de lazer e convivência, agora era um terreno fértil para a proliferação de mosquitos e doenças.
Os moradores, perplexos, perguntavam-se: para quem vai a multa? Será que a prefeitura, tão zelosa em multar os cidadãos por terrenos, se aplicaria a mesma rigorosa fiscalização em seus próprios espaços? Ou será que as regras só valiam para alguns?
A ironia é palpável. Enquanto os contribuintes são castigados, a própria administração municipal deixa seus espaços públicos à mercê do tempo e do abandono. É como se vivem em duas cidades diferentes: uma onde a lei é implacável, outra onde o descaso reina.
Essa disparidade levanta questões sobre justiça e equidade. Se a prefeitura exige tanto de seus cidadãos, não deveria também dar o exemplo e cuidar dos espaços que estão sob sua responsabilidade? Afinal, a cidade é um reflexo de todos que nela vivem e a governam.
Nessa crônica, vemos um retrato de uma cidade em conflito consigo mesma, onde as prioridades parecem invertidas. Uma cidade que precisa urgentemente olhar para dentro e questionar suas escolhas, para que, um dia, possa caminhar de maneira justa e equilibrada, com cidadãos e governantes trabalhando juntos por um bem comum.
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