Na coluna de ontem, publiquei uma decisão do TCE – Tribunal de Contas do Paraná que constatou irregularidades em um edital com vícios e, por isso, foi cancelado. Em seguida, o assessor especial do prefeito escreveu contrariando:

Meu caro “axeçor”(hic)….vamos exclarecer. O trabalho do jornalista é informar. Mais do que isso, o papel do jornalista ético é vital para a sociedade, pois envolve responsabilidade e comprometimento com a verdade e imparcialidade na divulgação das informações e, você sebe bem disso. E foi exatamente o que fiz: descrevi o que estava em um documento de um Tribunal, ou seja, a verdade nua e crua.

Um jornalista ético busca: Garantir que as informações divulgadas sejam precisas, baseadas em fatos verificáveis e corroboradas por fontes confiáveis. Nesse caso, a fonte foi o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), nada menos.

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O jornalista tem que ser imparcial: Apresentar os diferentes pontos de vista de forma equilibrada, sem viés pessoal ou interesse particular, permitindo que o leitor forme sua própria opinião. A matéria foi clara: a suspensão da licitação por medida cautelar. Simples assim.

Respeito ético: Respeitar a privacidade das pessoas envolvidas nas reportagens, bem como as normas legais e éticas vigentes. Conheço todos os nomes envolvidos no processo licitatório e suas respectivas responsabilidades, mas, em um gesto de ética que talvez falte a alguns, preservei esses nomes até agora.

Um jornalista ético é o guardião da democracia, informando o público de maneira justa e equilibrada, promovendo a accountability e ajudando a garantir a transparência das instituições públicas e privadas. Algo que, convenhamos, é desesperadamente necessário.

Esclarecimento adicional para os puxa-sacos desavisados:

A CAST é um órgão financiado pela prefeitura (retenção), portanto, recebe recursos diretos. Não possui um departamento de licitação próprio; todas as licitações são realizadas pela prefeitura, assim como ocorre com entidades como FUNREBOM e o Fundo Municipal de Trânsito.

Todas essas entidades fazem parte do município e são geridas por ele, já que não possuem departamento específico de licitação. Portanto, todos os conteúdos dos editais de contratação são elaborados pelo departamento de licitações da prefeitura, e não pela CAST.

Importante destacar que tanto a CAST quanto outras entidades mencionadas não possuem assessoria jurídica própria; os pareceres são elaborados pelos advogados da prefeitura. Além disso, a CAST não possui controladoria interna para supervisionar as licitações, ficando sujeita à controladoria da prefeitura.

Também é relevante lembrar que a nomeação dos superintendentes da CAST é responsabilidade do prefeito.

Finalmente, é digno de nota e elogio ético que o jornalista mencionado não associou a prefeitura a qualquer irregularidade, ressaltando que foi o Tribunal de Contas do Estado (TCE) que identificou e ordenou as investigações sobre os supostos favorecimentos. Mas, claro, parece que algumas verdades incomodam.

Dos leitores:

Um agricultor residente próximo ao Distrito de Dez de Maio, me enviou imagens da estrada que liga a ao distrito de Dois Irmãos, em alguns trechos onde o mato tomou conta de uma pista colocando em risco os usuários. Pede providencia.

Da manutenção de limpeza do município

Caro jornalista Eliseu, nosso departamento está cumprindo com todas as etapas de limpezas públicas. Essa etapa, contemplou o Parque João Paulo II, Parque da Goiabeira, Rotatória do Santa Clara e  Parque Frei Eusebio.

Os comissionados da mediocridade

Em cada cidade, em cada governo, eles estão lá. Toledo, não seria diferente. Figuras anônimas para muitos, mas conhecidas demais nos corredores do poder. São os comissionados, ocupando cadeiras que deveriam ser de líderes visionários, mas que, na realidade, se mostram como verdadeiros símbolos de pequenez e miopia.

A miopia dos comissionados não é a do tipo que se corrige com lentes. É uma miopia de espírito, de visão, de propósito. São aqueles que, acomodados em suas poltronas de veludo, não conseguem enxergar além do próprio umbigo, além do próximo favor, além do aplauso fácil. Não se importam com o coletivo, com o progresso real, com as necessidades urgentes da sociedade. Estão ali para si mesmos, para manter a roda da mediocridade girando.

Esses personagens, muitas vezes, chegam aos cargos não por mérito, mas por conveniência. São frutos de alianças políticas, de conchavos feitos em salas fechadas, onde o interesse público é apenas um eco distante. Estão ali para servir a seus padrinhos, para manter o status quo, para garantir que nada mude – pelo menos, não para piorar suas próprias vidas.

A pequenez desses indivíduos se revela em cada ação, em cada decisão tomada com base no medo de desagradar quem os colocou ali. Não há coragem para inovar, para desafiar, para fazer diferente. São meros executores de ordens, obedientes a uma cadeia de comando que preza mais pela lealdade cega do que pela competência.

Em suas falas, tentam disfarçar a falta de visão com um discurso ensaiado, cheio de clichês sobre serviço público e comprometimento. Mas a verdade se esconde nas entrelinhas, nos pequenos gestos, nas omissões. É fácil identificá-los: são os que preferem as sombras à luz, a passividade à ação, a mediocridade à excelência.

Enquanto a sociedade clama por líderes que façam a diferença, que tragam mudanças reais, que tenham coragem de romper com o velho e construir o novo, os comissionados da mediocridade seguem firmes em sua missão de perpetuar a inércia. São eles que, com sua miopia e pequenez, atrasam o progresso, minam a confiança pública, tornam o futuro um horizonte mais distante.

Mas há um alento. A história nos mostra que, eventualmente, esses indivíduos são desmascarados. Suas limitações vêm à tona, suas máscaras caem, e a verdade prevalece. É um processo lento, por vezes doloroso, mas inevitável. A mediocridade pode até ganhar algumas batalhas, mas nunca vencerá a guerra.

Para cada comissionado míope e pequeno, há uma sociedade vigilante, pronta para exigir mais, para cobrar melhor, para não se contentar com menos. E é essa vigilância que, no fim, trará a mudança. Uma mudança que começará quando a pequenez e a miopia forem finalmente enxergadas pelo que são: os últimos resquícios de um passado que não queremos mais viver.