Veículo utilizado pela vítima para trabalhar. Foto: Divulgação

Por Fernando Braga

Um lamentável episódio foi registrado em Toledo tornando um trabalhador vítima de uma moradora que, entre outros crimes, se dirigiu a ele com ofensas de cunho racista. O caso aconteceu na tarde desta sexta-feira (07) e a Polícia Militar foi acionada.

Por volta das 14 horas, um motorista de aplicativo precisou acionar a PM logo após finalizar uma corrida, uma vez que a passageira não quis pagar pelo transporte. A mulher não concordou com o valor cobrado, disse que não iria pagar e acusou o motorista de ter aumentado o valor da tarifa.

Logo após, segundo contou o motorista aos policiais, a passageira começou a xingá-lo, referindo-se a ele como “negão”, “preto”, e dizendo que ele “está passando fome”. Diante do fato, o motorista afastou o carro da frente da casa da mulher, que era o destino da passageira, e chamou a PM.

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Com a chegada da viatura, o motorista, que trabalha via aplicativo para a empresa 99, explicou o fato e demonstrou ao policiais que o valor cobrado foi alto porque a passageira já havia pedido corridas anteriores, e não havia pago, alegando sempre que pagaria na próxima vez. Essa alternativa é permitida para o motorista quando não há troco, mas o aplicativo restringe a quantidade de solicitações deste recurso.

Diante do fato, os policiais orientaram o motorista a realizar representação contra a passageira, uma vez que a mulher, assim que percebeu que a PM seria acionada, deixou o local.

Como os policiais tentaram contato na residência da mulher, a filha dela acabou os atendendo e pagando parte do valor devido. Em seguida, a equipe policial acompanhou o motorista até a sede do 19ª BPM para a lavratura da ocorrência. Os militares orientaram ainda que o motorista se dirigisse à Delegacia de Polícia Civil para registrar um B.O. pelo não pagamento do valor devido e pelo crime de “Injúria racial”.

A injúria racial ocorre quando há ofensa direcionada a uma pessoa em especifico, atingindo sua dignidade com base em elementos referentes à sua raça, cor, religião ou origem. Para tal crime, o Código Penal prevê pena de reclusão de um a três anos e multa.