Nesta segunda-feira, duas empresas terceirizadas no município de Toledo foram denunciadas por não estarem pagando seus funcionários. Uma delas é responsável pelos cortes de gramas e paisagismo, enquanto a outra presta serviços de limpeza e manutenção nos CJUs – Centros da Juventude, dos bairros Jardim Coopagro e Jardim Europa.
Funcionário de empresa de paisagismo:
“Estou sem dinheiro e pedindo comida na casa de outras pessoas. Fui despejado da minha casa”.
Aproximadamente 40 funcionários terceirizados da empresa Almeida Paisagismo, com sede na Rua Borges de Medeiros, em Toledo, paralisaram suas atividades desde a última sexta-feira, dia 10. Eles ainda não receberam os salários referentes ao mês de abril, os quais deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil deste mês. Esses atrasos têm sido recorrentes. A Almeida Paisagismo é uma empresa que recentemente ingressou no mercado, com sua matriz em Curitiba.
Alguns funcionários que trabalham na empresa há nove meses, desde que ela ganhou a licitação para realizar cortes de gramas em praças, avenidas, parques e prédios públicos, assim como serviços de roçada, capinagem e jardinagem no município de Toledo, também denunciam que, nesse período, não foram depositados os valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Esses funcionários, que cumprem jornada das 7h às 17h, recebem em média R$ 2.500,00, incluindo um vale-alimentação de R$ 700,00. “O pagamento já atrasou no mês passado. Estou pedindo alimentos na casa de outros, fui despejado de minha casa e não tenho onde morar. Estou na rua, sem alimento e esperando receber para poder voltar para minha casa. Não tenho dinheiro nem para comprar um quilo de arroz. Meus filhos e minha esposa moram na cidade de Capanema, estou tentando juntar dinheiro para trazê-los para Toledo. Está muito difícil”, disse um funcionário que está na empresa há pouco mais de dois meses.
Empresa de limpeza e manutenção
A empresa Soluções Empreendimento Wellington Regis Pereira Liberal – Eireli, que é do estado de São Paulo, mais precisamente da cidade de Andradina, não se manifestou.
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Toledo supera recorde histórico de casos de dengue: já são 4.960, com 24 óbitos
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Solitário, de Toledo, enfrenta dificuldades para destinar cargas para o RS
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O caminhoneiro e suplente de deputado federal, Marcelo da Rosa, também conhecido como “SOLITÁRIO”, da Solitário Mudanças, atualmente um influenciador com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, afirmou ter enfrentado grandes dificuldades para colocar em prática o que ele mesmo propôs ao Município em relação às arrecadações. Ele tomou a iniciativa durante a catástrofe enquanto buscava parcerias com a imprensa e o Poder Público Municipal, sendo atendido imediatamente. No entanto, ele encontrou problemas na hora de transportar as cargas.
Ele decidiu não utilizar as centrais de distribuição, da mesma forma que no ano passado, quando sozinho arrecadou mais de cinco carretas para ajudar as cidades de Roca Sales e Muçum, devastadas por enchentes. Neste ano, preferiu alinhar-se com a Prefeitura de Toledo, mas, segundo ele, nunca imaginou que estaria “proibido” de levar os mantimentos para aquelas cidades, as quais ele já havia prestado ajuda e já tinha alinhado planos.
Na hora do carregamento, foi informado de que teria que usar a central da cidade de Canoas, onde está sendo centralizado o processo. Não concordando com isso, Solitário, depois de 5 horas e bastante frustrado com a atual administração devido ao desacordo, teve a carga liberada. No entanto, ele expressou sua insatisfação à administração municipal de Toledo e se afastou da situação devido ao desconforto gerado, além da suspeita de que poderia haver direcionamento dos alimentos para o governo de Lula.
Qualifica Paraná
Recebi o convite por parte do novo diretor do Sine, Amir Kanitz, para nesta terça-feira, 14, às 19h, participar, no auditório do Centro da Juventude do Jardim Europa, da formatura do curso de APERFEIÇOAMENTO EM CONFEITARIA E PANIFICAÇÃO, oferecido pelo PROJETO QUALIFICA PARANÁ 2024, da Secretaria Estadual do Trabalho. Estarão presentes autoridades do Município e do Estado.
Internado
O presidente do Cidadania, em Toledo, e assessor de gabinete, Marcelo Seger, foi internado nessa segunda-feira para passar por um procedimento cirúrgico de retirada de uma hérnia. Boa recuperação, grande amigo!
O drama dos funcionários terceirizados
No pulsar cotidiano de nossa Toledo, um drama silencioso se desenrola nos bastidores das empresas terceirizadas que cuidam do paisagismo e da manutenção dos Centros da Juventude, nos bairros Jardim Coopagro e Jardim Europa.
Através das vielas empoeiradas e das ruas movimentadas, chega o eco das vozes cansadas dos funcionários terceirizados da Almeida Paisagismo, contratada pela Prefeitura de Toledo. Homens e mulheres que, sob o sol inclemente, deveriam estar cortando gramas e embelezando os espaços públicos, agora encontram-se parados, sem seus salários de abril. O que deveria ser um ganha-pão digno transformou-se em um fio tênue entre eles e a fome.
Um desses trabalhadores, descreveu sua situação com palavras pesadas como o peso das contas não pagas: “Estou sem dinheiro e pedindo comida na casa de outras pessoas. Fui despejado da minha casa”. Sua voz ecoa pelas ruas vazias à noite, quando as luzes da cidade se apagam e a esperança se torna uma vela frágil na escuridão.
Esses funcionários, que desempenham suas funções com diligência e dedicação, não receberam apenas seus salários, mas também foram privados dos valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo menos por parte de uma das empresas, no caso a Almeida Paisagismo, algo que deveria ser um direito inalienável. O atraso nos pagamentos tornou-se uma ferida aberta em suas vidas, uma cicatriz que os lembra constantemente da instabilidade que enfrentam.
Enquanto isso, a empresa Soluções Empreendimento Wellington Regis Pereira Liberal – Eireli, responsável pela limpeza e manutenção, permanece em silêncio, sem manifestações ou soluções para os problemas enfrentados por seus trabalhadores. O eco do desespero desses funcionários reverbera pelas paredes frias dos escritórios, mas parece não encontrar eco nos corações daqueles que detêm o poder de mudança.
Nesse cenário sombrio, vemos não apenas a falta de pagamentos atrasados, mas também a ausência de empatia e responsabilidade por parte das empresas contratadas e dos contratantes.
Enquanto o sol nasce e se põe sobre Toledo, os funcionários terceirizados permanecem em espera, aguardando não apenas pelo sustento de seus corpos, mas pela dignidade de seus trabalhos e pelo respeito por seus direitos básicos como trabalhadores. O que será necessário para que essa minha crônica de dificuldades seja transformada em uma narrativa de justiça e equidade? Essa é a pergunta que paira no ar, ecoando como um chamado por mudança em meio ao silêncio ensurdecedor das empresas negligentes e dos gestores, corresponsáveis.
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