Entre a verdade e a mentira, há um terreno traiçoeiro, onde algumas pessoas se aventuram sem saber o peso das palavras que proferem. O caso do vice-prefeito de Toledo é um exemplo vivo dessa dualidade entre mentiras e interpretação dos fatos.
Ao confrontar suas palavras ditas no grupo “Liderança” e a divulgação feita pela imprensa, com a queixa-crime resultante de suas declarações, fica claro que ele se move entre a artimanha da falsidade e a confusão da interpretação. Sua voz ecoa com clareza, associando o empresário do agronegócio a acusações tão graves como narcotráfico e envolvimento com organização criminosa.
Porém, ao se deparar com suas próprias declarações confrontadas com a realidade expressa nas manchetes, o vice-prefeito parece não saber interpretar o que disse. Seu áudio, enviado após a publicação da última edição desta coluna, revela essa dificuldade, evidenciando um labirinto de palavras mal compreendidas.
É como se ele mentisse sem sentir o peso da mentira, perdido em sua própria confusão entre o que diz e o que entende. Talvez seja hora de guiá-lo pelas manchetes e explicar os significados, numa tentativa de clarear essa névoa que paira sobre suas palavras e ações.
Essa minha visão jornalística, o vice-prefeito mistura a tensão entre verdade e mentira com a dificuldade de interpretação, trazendo à tona o embate verbal e conceitual que pode ocorrer em situações onde as palavras são mal compreendidas ou intencionalmente deturpadas.
Agora, será que adianta escrever a verdade para quem não quer saber e/ou falar a verdade?