Por Marcos Antonio Santos
Desde o dia 18 de outubro de 1991, após a beatificação de Madre Paulina, pelo Papa João Paulo II, por ocasião da sua segunda visita ao Brasil, peregrinos de todo o Brasil começaram a visitar o bairro de Vígolo, em Nova Trento (SC), terra onde Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus começou a obra da Imaculada.
Muitos moradores de Toledo já tiveram a bênção de visitar o Santuário de Madre Paulina, mas quem ainda não teve a oportunidade poderá acompanhar de perto nos dias 27 e 28 de abril a imagem da primeira Santa do Brasil, que estará em Toledo. A imagem chegará a Toledo dia 26, ficando até a manhã da segunda-feira, 29.
Será a primeira vez que Toledo receberá a imagem peregrina de Santa Paulina, uma visita que havia sido programada para o início de 2020, mas foi cancelada em razão da pandemia da Covid-19.
Quem está organizando a visita é a família de Nilton Gregório, que já foi abençoada pela Santa. “Trazer a imagem da Santa Paulina a Toledo é uma graça de Deus muito grande. Irá se tornar realidade, algo que almejávamos há muito tempo e pensávamos se iríamos conseguir e agora chegou a vez de Toledo nos dias 27 e 28. O que aconteceu com a minha esposa e meu filho foram milagres. No santuário encontramos paz e sabedoria”.
A esposa de Gregório, Lúcia de Fátima, foi diagnosticada com câncer em 2017, e no mesmo ano o filho, Carlos, sofreu um acidente e teve parte do corpo queimado, e hoje eles estão bem. “Somos todos devotos de Santa Paulina e vamos trazer a imagem da Santa a Toledo”. O casal Gregório também tem outro filho, Bruno.
PROGRAMAÇÃO – A primeira celebração será realizada no sábado, 27, pela manhã, na Fazenda da Esperança, a cerimônia será conduzida por Dom Anuar Batisti, depois será realizado um almoço com os internos da Fazenda. Também no sábado, às 20h, acontecerá uma missa na Paróquia São Pedro e São Paulo (Grande Pioneira), e será celebrada pelo pároco: padre Luiz Carlos Franzener. No domingo, 28, às 8h, a celebração será na Paróquia São Cristóvão, (Vila Industrial), conduzida pelo pároco: padre Marcos Denck da Silva. E para encerrar será realizada uma missa no Seminário Santa Mônica (Jardim Santa Maria), no domingo à noite, celebrada pelos freis Valdecir Soares, Juarez Bastiani e Gelson Briedis.
AMÁBILE LÚCIA VISINTEINER – Santa Paulina nasce em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, na região norte da Itália, no dia 16 de dezembro de 1865 e recebe dos pais Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer o nome de Amábile Lúcia Visinteiner. Era a segunda filha do casal.
Com os pais, irmãos e outras famílias da região, emigra para o Brasil em 1875 e, antes de completar dez anos, passa a morar na localidade de Vígolo, na cidade de Nova Trento, em Santa Catarina, na região sul do Brasil.
Dois anos após a chegada da família ao Brasil, a mãe de Amábile falece. Ela cuida da família até o pai se casar novamente e também ajuda na Paróquia de Nova Trento, na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.
CRONOLOGIA
16 de dezembro de 1865 – Nasce Amábile Lúcia Visintainer.
Outubro de 1875 – Amábile chega ao Brasil.
12 de julho de 1890 – Amábile funda a Congregação.
7 de dezembro de 1895 – Amábile faz seus votos religiosos e passa a ser conhecida como Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a Madre Paulina.
2 de fevereiro de 1903 – Madre Paulina transfere-se para São Paulo.
29 de agosto de 1909 – Madre Paulina é deposta do cargo de superiora geral.
1918 – Madre Paulina retorna para São Paulo.
19 de maio de 1933 – Recebe o Decreto de louvor de sua obra, concedido pelo Papa Pio XI.
18 de março de 1938 – O braço direito da Madre Paulina, que era diabética, é amputado.
9 de julho de 1942 – Madre Paulina morre, aos 76 anos.
23 de setembro de 1966 – Eluíza Rosa de Souza (Imbituba-SC) sobrevive a uma hemorragia interna e choque irreversível. Em seu peito foi colocado um pedaço de roupa de Madre Paulina e ela foi curada.
18 de outubro de 1991 – Madre Paulina é Beatificada, em Florianópolis, por São João Paulo II.
5 de junho de 1992 – Iza Bruna Vieira de Souza nasce com um tumor da cabeça. Operada, sofre convulsões cerebrais e, aparentemente, sem chance de sobreviver. A avó coloca um retrato de Madre Paulina perto da menina. Vinte e quatro horas, depois de ser batizada, a menina recupera a saúde.
19 de maio de 2002 – Madre Paulina é Canonizada, na Praça de São Pedro, e passa a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
