Recebi uns print de conversas de um grupo de enfermeiros, técnico de enfermagem e auxiliares onde eles relatam a cegueira dos gestores para o estado de epidemia em que Toledo está vivenciando. Achei que a gravidade do momento seria a pandemia da dengue, mas, os assuntos entre os profissionais era o abalo emocional dos enfermeiros, pois, alguns deles tiveram que ser socorridos pelos próprios colegas por ela não poder ter dado conta em atender todos que a chamavam.
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Como jornalista, entrei em contado com Presidente da Associação da Enfermagem de Toledo Alex Sandro Grein Pires, passando a ele essas manifestações e ele nos fez um relato de forma firme, revoltado e de muita indignação pela falta de respeito para com as vidas: “já devíamos estar com hospital de campanha funcionado”, afirmou ele com som de revolta:
É com muita tristeza que estamos observando uma falta de gerência da UPA/SAMU de Toledo…
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A Enfermagem de lá está pedindo socorro e estamos nos sentindo impotentes diante de tantos descasos para com a Equipe de Enfermagem dessa instituição tão importante pra nossa cidade gerida pelo Consamu…e que os vereadores da nossa cidade deveriam estar lá, diariamente, todos os dias assim também como nossos gestores municipais. Eu como representante da Enfermagem estamos visitando a UPA em vários horários e com isso, estamos cobrando o Consamu e a inercia da sua gestão, além de também não estar em dia com o pagamento do piso salarial da enfermagem /Lei Federal
Eu, estou indo in loco nos locais de trabalhos dos colegas da enfermagem e dando o um apoio moral e com carinho nos compadecendo das lutas e dificuldades encontradas pela equipe no cuidado ela atendimento à população, e, gostaríamos que ações sejam feitas de imediato pelos gestores de todos as instituições que estão passando por essa situação de salve-se quem puder.
Contratações
É preciso urgente novas contratações de profissionais da enfermagem em todos os locais de atendimentos da rede SUS. É preciso urgente, um olhar especial dos gestores públicos para essas equipes da enfermagem, que já fez tanto pela nossa população na Pandemia de COVID e agora faz novamente na epidemia de Dengue, porém, está muito, mas muito sobrecarregada a ponto de pedir demissão mesmo precisando do emprego, mas por não aguentar mais tanto sofrimentos nos plantões devido as equipes super reduzidas
Estamos vivendo uma epidemia de Dengue e será que os gestores não conseguem ver isso, que epidemia quer dizer. Um aumento exorbitante do número de doentes nos locais de atendimentos (vide na época da COVID) no entanto, “ELES” acham que o mesmo número de profissionais de Enfermagem conseguem atender toda essa demanda…essa conta não fecha nunca, então, é preciso uma rápida ação (já muito atrasada) por partes dos gestores de saúde.
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A Enfermagem é a maior categoria de profissionais de saúde do nosso município e na maioria dos locais de atendimentos, a Enfermagem está em um número muito insuficiente da real necessidade de atender com o paciente com maior qualidade de cuidados … Aí vem a pergunta, o Porquê disso? O Porquê dessa demora em agir? O porquê dessa ocultação de ações por partes dos gestores públicos para com a Enfermagem e principalmente para com a população que está doente e precisando de atendimentos e medicação rápida .
Estamos indo in loco no local de trabalho dos colegas da enfermagem e dando o um apoio moral e com carinho nos compadecendo das lutas e dificuldades encontradas pela equipe no cuidado ela atendimento à população. Gostaríamos que ações sejam feitas de imediato pela gestão de todos as instituições que estão passando por isso diariamente
É preciso urgente novas contratações de profissionais da enfermagem em todos os locais de atendimentos da rede SUS. É preciso urgente, um olhar especial dos gestores públicos para essas equipes da enfermagem, que já fez tanto pela nossa população na Pandemia de COVID e agora faz novamente na epidemia de Dengue, porém, está muito, mas muito sobrecarregada a ponto de pedir demissão mesmo precisando do emprego, mas por não aguentar mais tanto sofrimentos nos plantões devido as equipes super reduzidas.
A voz silenciada da enfermagem
No silêncio das madrugadas, quando a cidade repousa e as ruas se esvaziam, há uma voz que clama por socorro, ecoando nos corredores dos hospitais e nas salas de emergência. É a voz da enfermagem, uma voz que muitas vezes é ignorada, mas que carrega consigo o peso das vidas que sustenta.
Toledo, uma cidade que poderia ser qualquer outra cidade, onde a epidemia de dengue desafia os limites da saúde pública. Enquanto a população espera por um atendimento que parece nunca chegar, nos bastidores, os profissionais de enfermagem travam uma batalha silenciosa, enfrentando não apenas a doença, mas também o desamparo e a exaustão.
Em um grupo de conversas digitais, esses heróis invisíveis compartilham suas angústias, suas frustrações e seus medos. Relatam a falta de reconhecimento, a sobrecarga de trabalho e a desumanização de uma rotina que consome não apenas o corpo, mas também a alma.
Como uma luz na escuridão, surge a imprensa, disposta a dar voz aos que não podem se fazer ouvir. Me dirigi para Alex Sandro Grein Pires, presidente da Associação de Enfermagem de Toledo, que não hesitou em expor a cruel realidade enfrentada por sua categoria. Sua voz é firme, carregada de indignação e revolta, mas também de esperança por mudanças urgentes.
Essa crônica que fasso da enfermagem é uma história de sacrifício e resiliência, mas também de abandono e descaso. Enquanto os gestores permanecem alheios à crise que se desenrola diante de seus olhos, os profissionais de enfermagem lutam para manter-se de pé, mesmo quando o peso da responsabilidade ameaça esmagá-los.
Em cada plantão, em cada atendimento, eles enfrentam o desconhecido com coragem e dedicação, guiados pelo juramento de cuidar e proteger. Mas, por trás dos sorrisos e das mãos que confortam, há uma ferida que não cicatriza, uma voz que clama por justiça e reconhecimento.
Enquanto a cidade dorme, a enfermagem permanece vigilante, enfrentando suas próprias batalhas nas sombras da noite. E é preciso que todos nós despertemos para ouvir essa voz silenciada, para reconhecer o valor desses heróis anônimos que lutam incansavelmente pela saúde e pelo bem-estar de todos nós.