Dos mais de 17 partidos ativos em Toledo, mais da metade ainda não conseguiu formar sua chapa completa de vereadores. Um dos principais obstáculos que está causando muita preocupação aos presidentes dos partidos são as candidatas do sexo feminino. Não está claro se isso se deve ao desinteresse ou à falta de organização dos próprios partidos em desenvolver novas lideranças.
Onde estão as mulheres? I
Devido a essa escassez, elas estão sendo alvo de assédio de várias frentes e, muitas vezes, de maneira desrespeitosa e ameaçadora. Chegou até mim a informação de que algumas mulheres que ocupam cargos públicos, sem garantia estatutária ou por concurso, e até mesmo funcionárias de empresas privadas, têm sido ameaçadas de demissão.
Onde estão as mulheres? II
Estima-se que no próximo pleito, Toledo possa ter cerca de 300 candidatos, dos quais mais de 100 devem ser mulheres. Essa situação está sendo um desafio para todos os líderes partidários de Toledo.
PL vai montar chapa completa?
O presidente do PL de Toledo, vereador Valdir Rossetto, na tribuna da Câmara Municipal deu as boas-vindas aos novos filiados e, entre eles o vice-prefeito de Toledo. Encerrando a sessão “agradecimentos”, ele pronunciou uma frase que deixou no ar muitas indagações: “O PL também virá com chapa para o Executivo”.
PL vai montar chapa completa ? I
Resta saber se ele estava se referindo ao atual vice, que se filiou ao partido naquele dia, e que poderá se manter como candidato a vice, ou, se irão montar chapa pura. Pode até ser um blefe para valorizar o time do PL para ganhar mais espaço na atual gestão. Valdir, eu creio que você seria um bom nome para ser o cabeça da chapa.
Haja empáfia
Houve uma grande empáfia no encontro de uma sigla, realizado no último sábado, dia 23. Um dos meus “urubus” estava presente e veio reclamando comigo:
“FICOU DIFÍCIL PERCEBER UMA COESÃO ENTRE UMA GRANDE PARTE DOS PARTICIPANTES, UMA VEZ QUE A COMPETIÇÃO PARA MOSTRAR QUAL EGO ERA O MAIS INFLADO FOI INTENSA, O QUE SE TORNOU PREOCUPANTE, POIS PODERIA COMPROMETER A ESTRUTURA DO HOTEL”.
“Economizei mais de R$ 400 mil aos cofres públicos”
Palavras do vereador Marcelo Marques, se referindo a contratação de péssimos artistas que fariam aqueles shows com músicas depravadas, como foram aqueles contratados pela atual gestão, sob a égide da quase ex-secretária da Cultura. “Eu acho que não preciso ter uma lupa tão grande, com a saída da secretária”, acrescentou o vereador, referindo-se à preservação da moral, cristã e da família.
Afinal, onde estão as mulheres?
Em meio ao cenário político fervilhante de Toledo, uma pergunta ecoa pelos corredores dos partidos e nas mentes daqueles que observam atentamente os preparativos para as próximas eleições municipais: onde estão as mulheres?
Com mais de 17 partidos ativos na cidade, a busca por formar chapas completas de vereadores revela um desafio significativo, especialmente quando se trata da representatividade feminina. Surpreendentemente, mais da metade dos partidos ainda não conseguiu atrair mulheres suficientes para preencher suas candidaturas.
A falta de participação feminina levanta questões cruciais sobre os motivos por trás desse cenário. Seria uma questão de desinteresse das mulheres na política local, ou o problema estaria enraizado em uma falha de organização por parte dos próprios partidos em desenvolver e incentivar lideranças femininas?
Entretanto, além da ausência nas listas de candidaturas, as mulheres enfrentam outro obstáculo preocupante: o assédio. Relatos emergem sobre pressões e ameaças direcionadas a mulheres que ocupam cargos públicos e privados, sugerindo uma tentativa de coagi-las a não se envolverem na arena política.
Diante desse contexto, a pressão para aumentar a participação feminina nas eleições se intensifica. Com estimativas indicando a possibilidade de mais de 100 candidatas concorrendo em um universo de 300 postulantes, a inclusão das mulheres torna-se não apenas uma questão de representatividade, mas também um desafio premente para os líderes partidários de Toledo.
Enquanto a cidade se prepara para os embates eleitorais, resta a esperança de que o espaço político se torne mais inclusivo e representativo, oferecendo às mulheres não apenas uma voz, mas também a segurança e o apoio necessários para que possam contribuir plenamente para o futuro de Toledo. Afinal, a pergunta persiste: onde estão as mulheres? E é urgente que encontrem o caminho para a frente da cena política local.