Em resposta à nobre dra Gabriela Kucharski, tenho dúvida quanto à forma correta de me referir a você. Não sei se me dirijo a “secretária”, “assessora”, “consultora” ou “diretora de atividades e serviços de saúde”, que percebe FG10, conforme o decreto nº 274/22, em seu artigo 2º, inciso VI, letra “G”. Pela Lei Orgânica, está estabelecida claramente essa posição, mas ainda não estou certo sobre sua designação e lotação.
Sobre a suposta disseminação de inverdades, respondo
Dra, gostaria de expressar que, embora o viés de sua gestão na Secretaria Municipal de Saúde devesse ser técnico, infelizmente isso não é o que parece ocorrer. Apesar de você ser uma funcionária de carreira do Município, suas ações parecem ser nitidamente políticas. Isso é evidente em suas tentativas de nomear apadrinhados políticos para a diretoria do Conselho Municipal de Saúde. Além disso, em momentos de insegurança, recorre ao auxílio de seu namorado, presidente da Câmara de Vereadores, para pressionar os conselheiros a aprovarem a destinação de recursos para o Hospital Regional, mesmo que até o momento atual este hospital não tenha comprovado sua eficácia. É lamentável que seu discurso, dra, pareça ser puramente político, enfeitando e fantasiando uma gestão de saúde que não pode estar repleta de falhas e problemas de sua parte, porque é somente sua equipe que trabalha. Como exemplo, a falta de médicos nas unidades básicas, a começar por profissionais de pediatria, que é sua especialização. É uma situação recorrente, além de muitos outros problemas que são relatados diariamente pela população de Toledo a este colunista.
Há falhas no texto divulgado pela Gazeta de Toledo? Respondo
Você nem sequer soube explicar porque o corpo foi encaminhado ao Mini-Hospital. Além disso, não respondeu ao motivo pelo qual, até o momento, não organizou ou designou um local apropriado, fora daquele ambiente hospitalar, para a guarda de corpos de vítimas de morte natural em vias públicas, até que possam ser transferidos para o SVO. O SAMU pode ter cometido um erro ao transportar o cadáver e encaminhá-lo para o Mini-Hospital, um local destinado ao atendimento de urgência e emergência, não para o armazenamento de corpos. Indo além, “nobreza”, você não explicou porque não tomou nenhuma medida para transferir imediatamente o corpo para o SVO após sua chegada ao Mini-Hospital. Cadê sua “gestão” e onde estão os comandados nessa hora? Permitir que um corpo permaneça lá por 02 (dois) dias, causando uma série de problemas, começando pelo mau cheiro, que os funcionários e usuários tiveram que enfrentar durante o final de semana, é de pedir o boné e ir se tratar.
Sobre a repactuação de AlHs, respondo
Minha “nobrezita”, não mude de assunto. Na matéria perguntei o porquê de a Secretaria Municipal de Saúde de Toledo ter transferido 150 AIHs para o Hospital Regional, garantindo que seriam atendimentos de pacientes de Toledo, o que não vem ocorrendo. E como você mesma já afirmou, os dados estão publicados no site do Ministério da Saúde. Levantando estes dados vemos que as AIHs transferidas para o Hospital Regional estão sendo utilizadas para atendimento de apenas 53% da população de Toledo (o restante dos atendimentos se deram a pacientes de outros municípios e até de outras regionais, conforme relato de dezembro, quando foram atendidos 28 pacientes de Cascavel, Campo Mourão, Anahy, entre outros).
Você seria mais respeitada caso desse esta explicação à população. Por que o Hospital Regional, que é bancado por Toledo, e não atende porta aberta, estando somente na regulação de leitos, recebeu pacientes de outros municípios e de outras regionais? Esta explicação “técnica” deve ser dada por Vossa Excelência, nobre “assessora de saúde”, e não pelo seu encosto/vereador. Sobre o dr Fernando Pedrotti, sempre o respeitei e continuo a respeitar. Mas nesse momento, ele inexiste para o total da saúde pública, e sim para seus superiores. Ponto!
Sobre a prestação de contas da SMS, respondo
“Chover no molhado”. Olha só! Escrever a um jornalista que está há 40 anos acompanhado os trabalhos públicos de Toledo, que existe “prestação de contas” é a pura prova de que você, seus pares e seus superiores estão ainda dentro daquela “BOLHA”, que não se chama Toledo, e sim “euísmo”. Quero lembrá-la que, quando essa bolha estourar, espero que sua defesa “imunológica”* esteja em ordem.
A prestação de contos é obrigação da Secretaria Municipal de Saúde
Digo mais, depois da última apresentação, um dos meus parceiros, que é profissional de finanças públicas, em sua análise afirmou que “os gastos na pasta saúde estão altíssimos, com pouca resolutividade”.
Esclarecimentos realizados
Não se trata de discussão em grupo de WhatsApp. Foi apenas postada uma matéria jornalística, uma vez que é dever da imprensa publicar os problemas enfrentados pela população, bem como é o de vossa excelência elucidar, e não de confrontar.
Nota final: Bons entendedores, entenderão.
Sobre aquela denúncia de suposta omissão no PAM, daquela paciente AM, onde o M-RDSC, se recusou a atender, obrigando a equipe do SAMU a pedir socorro ao USA, conforme ocorrência nº 165, vai dar muita “fedentina”…
Tecendo verdades sobre a gestão da saúde pública e suas necessidades
A verdade, essa instância suprema que transcende os véus do engano e ilusão, às vezes parece uma luz distante em meio à névoa densa das conveniências políticas e administrativas.
É neste contexto de clarividência que me vejo compelido a tecer algumas reflexões sobre recentes acontecimentos que permeiam os corredores da administração pública municipal.
À nobre dra Gabriela Kucharski, cuja titulação exata ainda carece de uma clareza, cujo decreto nº 274/22 poderia, em teoria, dissipar, respondo com a mesma veracidade que busco em minhas palavras.
A gestão da saúde, dra, é uma ciência que deveria, acima de tudo, ser regida pela técnica e não pela política. No entanto, lamentavelmente, parece que esta premissa está obscurecida por nuvens partidárias. Suas ações, mesmo sendo uma funcionária de carreira, parecem deslizar perigosamente para o terreno escorregadio da política, como evidenciado por suas tentativas de colocar apadrinhados políticos à frente do Conselho Municipal de Saúde.
A utilização de influências externas, inclusive seu relacionamento com o presidente da Câmara de Vereadores, em momentos de pressão para aprovação de destinação de recursos, lança uma sombra sobre a integridade da gestão. Afinal, a saúde pública não pode ser refém de interesses políticos mesquinhos.
A falta de transparência e eficácia na gestão também é um ponto crítico. A incapacidade de explicar decisões, como o encaminhamento inadequado de corpos ao Mini-Hospital e a falta de providências imediatas para transferi-los ao SVO, é preocupante. Tal ineficiência não só expõe falhas graves na logística da saúde pública, mas também demonstra uma desconexão alarmante entre a teoria e a prática administrativa.
A questão das AIHs transferidas para o Hospital Regional, supostamente para atendimento exclusivo da população de Toledo, mas que na realidade acabam beneficiando pacientes de outras localidades, é um ponto sensível. A população merece explicações claras e fundamentadas, não desculpas políticas disfarçadas de tecnicismos.
A obrigação de prestar contas à população é um princípio básico da administração pública. O fato de que essa obrigação tenha sido negligenciada ou mal executada é um sinal alarmante de desconexão entre a gestão e a realidade. Os altos gastos na saúde sem uma resolutividade correspondente são um sintoma claro de disfunção administrativa.
Em suma, é imperativo que a verdade prevaleça em todas as instâncias da administração pública, especialmente quando se trata da saúde e do bem-estar da população. Não se trata de uma mera discussão de WhatsApp, mas sim de um compromisso ético e moral com a transparência e a integridade. Que os bons entendedores possam, de fato, entender.