É perturbador perceber que, aparentemente, os socorristas não seguiram os procedimentos padrões ao recolher um cadáver em Toledo, ao invés da equipe fazer o que lhe cabe: constatar se havia vida ou não. Não quero aqui ser o dono da verdade, apenas contraditar porque, geralmente, é de praxe que a equipe do SAMU acione a Polícia Civil para que, de modo conjunto, constatem o óbito e chamem o IML para recolher e transportar o corpo.

Quem remove o corpo?

Em locais públicos: Quando uma pessoa morre em via pública é preciso chamar a polícia. Após o registro do boletim de ocorrência na delegacia mais próxima do local, será necessário aguardar a perícia técnica, que acionará o Instituto Médico Legal (IML) para a remoção do corpo e realização da necropsia.

No entanto, nesta situação ocorrida nesse final de semana em Toledo, o cadáver de um senhor, possivelmente vítima de um infarto, foi levado diretamente para o Mini-Hospital, resultando em uma situação de mau cheiro que se espalhou por todo o ambiente desta unidade de saúde, fato esse que não se pode aceitar.

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Mau cheiro

As informações que recebi no domingo, através de mensagens e ligações de servidores e usuários do Mini-Hospital, denunciavam um forte odor que permeava o local. É inaceitável constatar o descuido do SAMU, ou dos atuais gestores, pois o caminho deveria ser ouro, e não deixar um cadáver em estado de putrefação desde sábado, contaminando todo o ambiente de saúde.

De quem é a negligência?

Diante dessa situação, é justo questionar: quem é o responsável por essa negligência? O IML foi notificado? Havia plantão no IML? Caso houvesse médicos de plantão, por que o óbito não foi devidamente atestado? Por que o corpo não foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Cascavel, como última instância legal?

Saúde de Toledo sem “imunidade”?

Esses eventos recentes levantam preocupações sobre a gestão da saúde em Toledo. Há pouco tempo, um ladrão invadiu o Mini-Hospital, roubando um computador e a chave de um carro, além de percorrer as áreas de descanso dos servidores, que já se encontram em condições precárias, com falta de ar-condicionado, sem contar os produtos de péssima qualidade fornecidos para procedimentos, como por exemplo a compra daquelas “gazes” que não deveriam grudar em curativos, porém grudavam.

Saúde de Toledo sem “imunidade”? I

Além disso, estão lembrados das AIHs que têm sido liberadas de forma irresponsável para outras cidades, com a conivência da direção da 20ª Regional de Saúde, sob o comando do Dr. Pedrotti, a quem sempre respeitei? No entanto, é lamentável perceber que atualmente ele parece fechar os olhos para o que é certo, em detrimento das ordens que recebe e do conluio com a secretária de Saúde de Toledo.

Finanças: o cobertor está ficando curto?

A indagação “cobertor está ficando curto?” foi proferida por um cidadão toledano, especialista em finanças, após a conclusão da audiência pública sobre o orçamento da saúde em Toledo. Ele expressou sua preocupação com a distribuição dos recursos da seguinte forma:

•         13,39% (R$ 111.403 milhões) destinados ao pagamento de juros, dívidas e precatórios ao Toleprev e agora ao Hospital Regional;

•         51,98% (R$ 432.460 milhões) alocados para as áreas da Saúde e Educação;

•         34,63% (R$ 288.137 milhões) reservados para todas as outras áreas do Município.

Essa análise levanta a questão se os recursos disponíveis serão suficientes para atender a todas as demandas, indicando uma possível restrição orçamentária em algumas áreas.