Por Marcos Antonio Santos
O conjunto de patentes do programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Toledo, embarcados num novo modelo de gestão de resíduos orgânicos, obteve reconhecimento internacional com diploma e medalha de ouro na 4rd Edition of International Exhibition Inventcor, que teve como sede a cidade de Deva na Romênia e contou com a apresentação de patentes de diversos países.
As patentes são fruto da parceria Universidade-Empresa com apoio do Programa DAI do CNPq e tem como inventores o professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, Andy Avimael Saavedra e Jefeson Alexandre Bosa.
Camilo Morejon disse que a internacionalização das universidades, caracterizada como um processo dinâmico que contempla a realização de atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação no âmbito internacional, é um dos desafios que a Unioeste precisa consolidar. “Para essa finalidade, por meio das atividades de extensão tecnológica inovadora dos pesquisadores, a Unioeste participa dos eventos internacionais de ciência e inovação. Neste caso, disseminando a sua produção tecnológica. Nesse processo, o reconhecimento internacional por meio de premiações demonstra a qualidade dos trabalhos que são realizados na nossa instituição. Além do mais, essas atividades de internalização visam atender aos objetivos da UNESCO, que em 2009, seus membros, na Conferência Mundial sobre Ensino Superior, organizada pela UNESCO, determinaram que um dos objetivos da educação superior no Brasil seria o da busca pela internacionalização das instituições de ensino superior”, afirma.
RESÍDUOS ORGÂNICOS – Segundo Camilo, a característica principal do novo modelo de gestão de resíduos orgânicos é a industrialização. “Dito de outra forma, por meio desse modelo, consegue-se a transformação do resíduo problema em oportunidades para a criação de novos modelos de negócios numa escala industrial. A consequência desse processo será o aproveitamento pleno da totalidade dos resíduos sólidos urbanos dos municípios paranaenses. Com isso seria extinto a necessidade de uso dos lixões e/ou dos aterros sanitários. Os produtos de valor agregado conseguidos pelo aproveitamento diferenciado dos resíduos, neste caso pela utilização de tecnologias inovadoras desenvolvidas no ambiente universitário, garantem a viabilidade econômica da sua implantação na prática”.
CAMILO – O professor Camilo Freddy Mendoza Morejon atua como mentor, idealizador e desenvolvedor de inovações tecnológicas por meio dos projetos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, bem como por meio de projetos financiados por órgãos de fomento nacional e internacional.
Somente o Grupo de Pesquisas em Inovações Tecnológicas para o Desenvolvimento Territorial Inovador (GPINOVA), liderado pelo prof. Camilo, da Unioeste, acumulou mais de 50 pedidos de patentes; 4 patentes internacionais, 17 cartas patentes e também transferência de tecnologia. A maioria das patentes tiveram reconhecimentos em feiras de inovação nacional e internacionais (até a presente data foram conseguidos 38 prêmios). “Os resultados da atividade intelectual da Unioeste têm contribuído para o desenvolvimento tecnológico e de inovação do Brasil”, diz Camilo Morejon.
PATENTES – As patentes estão relacionadas com produtos, processos e tecnologias que seguem a industrialização de resíduos orgânicos provenientes de diversas fontes. E que se encontram disponíveis nos bancos de patentes da Unioeste e também nos bancos de patente nacional e internacional.
PARCERIAS – A parceria Universidade-empresa, nos moldes da Lei de Inovação do Brasil, do projeto é com a empresa Minhocal Agroindustrial LTDA de Toledo. Uma parceria que teve um projeto institucional aprovado junto ao programa Doutorado Acadêmico em Inovação (DAI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil (CNPq.).