Foto: Divulgação

Exibição gratuita será nos dias 1º e 2 de agosto, em sessões às 18h e 19h, no Teatro Municipal Sefrin Filho

Você já pensou em ver apresentação de dança exibida na fachada de grandes prédios? Essa é a proposta do F60.3, projeto artístico de vídeo que une a dança, o audiovisual e as artes visuais que dialoga com o público sobre transtornos mentais. O título da obra se refere ao código de Classificação Estatística Internacional de Doenças, o CID, do transtorno de Personalidade Borderline (TPB) que é F60.3, um transtorno de saúde mental que costuma causar um padrão de instabilidade comportamental nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos.

A apresentação de videodança será exibida gratuitamente na fachada do Teatro Municipal Sefrin Filho, na terça-feira (1º) e na quarta-feira (2), em sessões às 18h e às 19h.

A pessoa com síndrome de Borderline, apresenta sintomas como impulsividade, visão distorcida de si e dos outros, medo de abandono ou de ficar sozinho e reações agressivas e intensas.

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“O transtorno de personalidade Borderline é um tema de saúde mental muito delicado, muito sensível. E nada mais sensível do que a dança para contar essa história. Eu queria trazer algo poético, que mostrasse um pouco do que é ser Borde, da maneira mais linda possível. Creio que essa forma de passar o assunto, vai deixar o público mais interessado, vai chamar a atenção e o olhar para esse tema. É sempre muito bom quando podemos juntar as manifestações artísticas como discussão de temas que são relevantes para a sociedade”, comenta a realizadora do projeto Kathyn Carvalho.

O start do projeto surgiu através da bailarina Kathyn, que durante a pandemia foi acometida pelo transtorno, e desenvolveu a obra para transpor para o seu corpo sua história neste longo tratamento. De acordo com a bailarina, o próprio transtorno e o tratamento influenciaram o seu dançar, potencializaram ou paralisaram o corpo em algum momento, com o surgimento de tremores e até a perda do equilíbrio. “Logo no começo do meu tratamento, bem no meio da pandemia, quando eu estava passando por crises muito fortes e estava tentando me adaptar aos remédios, veio a ideia de registrar alguns momentos. Comecei então fazendo algumas anotações das minhas sensações, dos meus pensamentos, do meu dia a dia. Nesse momento o que me mantinha era a dança, e aí veio o start de juntar o que eu mais gosto de fazer, com um tema pouco falado”, disse Katlhyn.

Foto: Divulgação

CIRCUITO NO PARANÁ
E para atingir o maior número possível de público, o espetáculo está em circulação no Paraná, já passou pelos municípios de Londrina e Maringá e passará ainda por Toledo, Foz de Iguaçu e Curitiba. A obra de vídeodança terá duração de 20 minutos e será exibido de uma forma inovadora, gratuita e democrática, através da Lumibike, uma bicicleta que projeta e funciona com energia solar. Durante o dia ela capta a luz solar e armazena energia em suas baterias e a noite ela “devolve” a luz, projetando as imagens através da técnica vídeo mapping, conhecida como projeção mapeada.

O projeto foi aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura, PROFICE da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado do Paraná. O F60.3, conta com o apoio cultural do Campo das Artes, Back Bros, Ave Lola e Apoio da Copel.

Serviço:
01 e 02 de agosto (terça e quarta-feira)
Horário: 18h e 19h
Onde: Teatro Municipal Sefrin Filho (Rua Rio de Janeiro, 905)

Fonte: Secom/Pref. de Cascavel