Estudantes de Colégio Cívico-Militar no Paraná. Foto: Reprodução

Em território paranaense, os colégios cívico-militares serão mantidos com recursos próprios do governo estadual, com a meta de dobrar o número dessas escolas

Da Redação

Com a repercussão do anúncio feito nesta quarta-feira (12) pelo Governo Federal sobre o encerramento do programa de colégios cívico-militares (CCM), não demorou ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, comunicar que as escolas constituídas nesse modelo no estado não serão afetadas.

O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, era executado em parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Defesa. O programa previa que nas esferas federais os colégios cívico-militares fossem mantidos pelas Forças Armadas, e também atendia as unidades implementadas pelos governos estaduais, com transferências de recursos federais para as Secretaria Estaduais de Educação.

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Com o fim do Pecim, a autonomia de cada estado não será afetada e os programas estaduais poderão ser mantidos em cada Unidade da Federação, desde que os governadores o façam com recursos próprios. No Paraná, das 2.109 escolas estaduais, 194 são cívico-militares. Destas, três estão instaladas em Toledo: o CCM Novo Horizonte, localizado no Jardim Coopagro, o CCM Antônio José Reis, situado no Jardim Belo Horizonte, e o CCM Jardim Maracanã, que fica em um bairro homônimo.

Em território paranaense, 12 escolas desse modelo estavam sendo geridas pelas Forças Armadas. Para mantê-las, Ratinho Junior disse que irá incorporá-las ao programa estadual e adicioná-las às 194 existentes. O programa criado por lei estadual em 2020, prevê dotação orçamentária para a manutenção de todas as unidades que o compõem.

A intenção de Carlos Massa Ratinho Junior, segundo divulgou a Comunicação Social do Governo do Estado, é dobrar o número de colégios cívico-militares no Paraná.

“Nós não discriminamos modelos de ensino. Não se pode colocar ideologia dentro do ensino. O Paraná é o estado que mais tem escola cívico-militar. Já anunciei que vamos aumentar para 400. Nós entendemos que a questão é puramente democrática. Se o pai quiser colocar em uma convencional, tem essa possibilidade, se optar por uma integral, também existe, e se quiser no modelo cívico-militar tem também. É um modelo que valoriza cidadania e o respeito”, afirmou o governador.