Por Marcos Antonio Santos
Incomodados com as entradas proeminentes, muitos homens vêm aderindo ao transplante capilar. O cabelo é parte importante da autoestima de qualquer pessoa, e segundo a Sociedade Internacional de Restauração Capilar, cerca de 80% dos pacientes que encaram as espetadelas são homens cada vez mais jovens: têm entre 25 e 35 anos de idade. E de acordo com estatísticas, perto de 60% dos homens terão algum grau de calvície após os 50 anos.
A doutora Luciana Menezes de Azevedo, médica dermatologista HC-UFPR, pós-graduada em Tricologia e professora de medicina da UFPR, é referência em transplante capilar no município de Toledo. A médica é pioneira na técnica Follicular Unit Excision (FUE) – é um termo em inglês que significa, Extração de Unidades Foliculares.
FUE é uma das técnicas mais modernas de transplante capilar existente no mercado e consiste, basicamente, na coleta individual de unidades foliculares de uma área doadora e posterior aplicação em regiões calvas. Em geral, a área doadora se concentra na parte posterior ou laterais da cabeça. O transplante capilar nada mais é do que um reposicionamento dos fios.
“A técnica FUE tem um aparelho específico que faz a retirada de fio por fio, é milimétrico; extração de unidade folicular. O aparelho retira cada fio, se utiliza um microscópio para enxergar, e se consegue avaliar qual o fio é mais viável. O cabelo é um órgão vivo, então se retira um fio de traz da cabeça, e com a parte da célula-tronco, onde vai sobreviver em outro lugar. Mas esse fio tem um tempo para continuar a viver fora da cabeça, por isso tudo tem que ser cronometrado e envolve muitas pessoas na sala cirúrgica. Ao mesmo tempo que o médico está retirando cada cabelinho, que tem que ficar em um líquido especial e em temperatura adequada, os auxiliares avaliam por meio de um microscópio se o fio está vivo e se vai sobreviver no local escolhido. A técnica FUE é tirar um por um de fio de cabelo, e depois colocar um por um. E não deixa cicatrizes como acontece com outras técnicas, a exemplo do FUT”, esclarece a Dra. Luciana. A técnica FUT consiste em retirar uma faixa de tecido do couro cabeludo do próprio paciente, que é removida da área doadora.
A procura maior da técnica FUE deve-se ao fato de resultados naturais e não haver corte nem pontos, o que favorece no tempo de recuperação bastante curto. “Com o aperfeiçoamento de técnicas e resultados naturais que passam quase imperceptíveis, tem se buscado mais a restauração capilar e se tornou mais acessível. É um procedimento cirúrgico longo, e se faz a extração de cada fio de cabelo, mas com a ideia de deixar mais natural possível. Digo para os meus pacientes que tem hora para começar a cirurgia, mas não tem hora para terminar. Em média, desde a chegada do paciente a clínica, até ele ir embora são cerca de 10 a 12 horas de procedimento. Depois que se retira cada fio e foi separado os que são viáveis é preciso colocar um por um da mesma forma que nasce o cabelo do paciente, então tudo isso é programado na cirurgia. Em média a retirada do fio demora entre quatro a cinco horas, depois se faz pré-incisões, a técnica utilizada, que é fazer cortes minúsculos no sentido que o fio será colocado. E são mais quatro a cinco horas para transplantar, é um trabalho manual; é artístico”, diz a Dra. Luciana.
Ela relata que se pode retirar aproximadamente 3.500 unidades foliculares, e cada unidade tem de um, dois, até três fios de cabelos, “em média se multiplica por três, então, são perto de 10 mil fios colocados em um transplante, por isso que demora”.
RESULTADOS – O resultado definitivo não é imediato após a realização do procedimento capilar. É bem comum que o paciente espere um crescimento rápido dos cabelos logo após o transplante, porém, demanda um tempo maior que o normalmente esperado. Segundo a Dra. Luciana Menezes, o final de todo esse processo é de um ano. “Para se perceber o crescimento de tudo que foi transplantado, são em torno de 12 meses, dependendo da área, nesse caso, da frente. Na parte da ‘coroa’ da cabeça demora mais tempo para crescer, aproximadamente um ano e meio. Coloca fio por fio; e será colocado o bulbo capilar, a parte debaixo de células multiplicadoras, que vai gerar o próximo cabelo que vem. O paciente em 15 dias acredita que está mais cabeludo, porém, cai todo o cabelo, os fios implantados. Tem que ter calma, depois que cai esse cabelo, em cerca de três a quatro meses começa a nascer novamente. Em oito meses se tem 60% do resultado final”.
PÓS-CIRURGIA – A doutora esclarece que mesmo que a intervenção dure até 12 horas, o paciente vai para casa no mesmo dia, não será intubado e não ficará internado. “A cirurgia é realizada com sedação e anestesia local, o paciente dorme na maior parte do tempo. O pós-operatória, claro, ele precisa ter alguns cuidados, e em aproximadamente 15 dias já começa a ter uma vida normal. Volta a trabalhar, dependendo da atividade, três dias depois do procedimento, mas com alguns cuidados: não tomar sol direto, mergulhar em piscina, praia, mar”.
Ela menciona que os primeiros 15 dias depois da cirúrgica, o paciente precisa ter cuidados especiais, “ele não pode lavar a cabeça direto no chuveiro, e fornecemos um kit que será utilizado após o procedimento, e somente pode usar produtos neutros. Depois o paciente pode seguir a sua rotina normal. Tem todo um acompanhamento, e ele vai ao consultório 48 horas depois da cirurgia, uma semana, 15 dias, um mês, três meses, cada etapa com um tipo de cuidado”.
INVESTIMENTO – Para a Dra. Luciana, a realização do transplante capilar por meio da técnica FUE é um investimento. “Recupera a autoestima, o rejuvenescimento e pode se tirar o chapéu. Ao longo do tempo esse procedimento está mais acessível, ao alcance de todos. Cada caso precisa ser avaliado”, finaliza a doutora.
A Dra. Luciana Menezes tem consultório na IMED, Rua Santos Dumont, 2708. Mais informações nas redes sociais: Facebook e Instagram. Telefones: (45) 3056- 0110 e 99852-1841.
