Rolando Boldrin no programa ‘Sr. Brasil’, da TV Cultura, em 2006. Foto: Pierre Yves Refalo

Da Redação

O ator, cantor, compositor e apresentador da TV Cultura Rolando Boldrin morreu nesta quarta-feira (09) aos 86 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela mulher do artista, Patrícia Maia, mas a causa da morte não foi informada. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia dois meses.

Boldrin teve enorme contribuição na história da TV Cultura. Com o ‘Sr. Brasil’, o qual apresentou por 17 anos, “tirou o Brasil da Gaveta” e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país.

Em seu programa, o cenário privilegiava os artesãos brasileiros e era circundado por imagens dos artistas que fizeram a nossa história, escrita, falada e cantada, e que já viajaram, muitos deles “fora do combinado”, conforme costumava dizer Rolando.

[bsa_pro_ad_space id=17] [bsa_pro_ad_space id=15]

Nascido em 22 de outubro de 1936, Rolando Boldrin entrou para a história da cultura brasileira como um dos um dos grandes compositores, intérpretes e divulgadores da música brasileira “raiz”.

O sétimo filho de uma família de doze irmãos deixou a cidade natal São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, aos 16 anos em busca do sonho de ser artista e se tornou ator de filmes premiados e de novelas vistas no Brasil inteiro e até no exterior, além de se tornar compositor, cantor, apresentador e um grande contador de histórias.

Como ator, Rolando atuou em mais de 30 novelas, como “O Direito de Nascer”; “As Pupilas do Senhor Reitor”; “Os Deuses Estão Mortos”; “Quero Viver”; “Mulheres de Areia”; “Os Inocentes”; “A Viagem”; “O Profeta”; “Roda de Fogo”; “Cara a Cara”; “Cavalo Amarelo” e “Os Imigrantes”.

Na televisão, ainda apresentou os programas ‘Som Brasil’ na Rede Globo, ‘Empório Brasileiro’ na TV Bandeirantes e ‘Empório Brasil’ no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do ‘Sr. Brasil’ desde 2005.

A veia artística também fez o paulista lançar sua uma carreira musical. Ele estreou na música em 1960 como um participante do disco de Lourdinha Pereira, que viria a se tornar sua mulher mais tarde.

Além de lançar seu primeiro álbum solo em 1974, “O Cantadô”, Boldrin fez sucesso no país com as músicas “Eu, a viola e Deus”, “Acorda, Maria Bonita”, Moda do fim do mundo”, entre outras canções.

“Seja como ator, apresentador, cantor ou contador de causos, Rolando Boldrin deixará uma lacuna na cultura brasileira e uma imensa saudade entre os milhões de fãs que conquistou em mais de 60 anos de carreira na TV”, publicou a TV Cultura.

O velório do artista será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O horário ainda não foi informado.