Unificar dados e padronizar o atendimento a mulheres vítimas de violência marcaram a discussão do 9º encontro virtual sobre o tema (Foto: Banco de Imagens)

A importância da rede de apoio e o uso do formulário de avaliação de risco foram alguns dos temas tratados

Cerca de 280 participantes acompanharam um webnário promovido pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNPM/MMFDH) para a promoção de iniciativas de combate à violência doméstica e apresentação de novas ações de registro para fortalecer a rede de apoio à mulher. O encontro aconteceu na última quarta-feira (26).

Composta por policiais militares de Minas Gerais, a capacitação destacou a importância dos órgãos se comunicarem com o objetivo de melhorar os atendimentos a mulheres que tiveram seus direitos humanos violados. A secretária nacional de Políticas para as Mulheres do MMFDH, Ana Muñoz dos Reis, fez a abertura do evento parabenizando o trabalho dos profissionais. “Exalto a parceria entre a segurança pública e o poder judiciário em prol da formação dos agentes em instrumentos relacionados aos registros de casos de violência. Notificá-los de maneira efetiva e dinâmica é essencial”, apontou a gestora.  

De acordo com a coordenadora-geral de Articulação Nacional de Combate à Violência contra às Mulheres do MMFDH, Renata Braz, os dados são importantes indicadores. “Unificar dados e padronizar o atendimento a mulheres que passaram por situações de violência é primordial para que as políticas públicas sejam executadas corretamente. Essa capacitação é um passo importante para sabermos o que já é uma realidade nos atendimentos e o que ainda precisa melhorar. Estamos felizes com os resultados alcançados por vocês, mas ainda há muito a ser feito”, disse.

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A juíza Luciana Rocha participou do webnário representando o Núcleo Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Na ocasião, falou sobre a importância da integração de serviços para ajudar no atendimento. “Acreditamos na união de diversos serviços com o objetivo de potencializar os resultados da rede de apoio. Imagine o incômodo que é para uma mulher precisar contar diversas vezes a situação de violência pela qual passou para conseguir ser atendida e garantir seus direitos em caso de agressões comprovadas? Nosso objetivo é unificar essas informações e garantir a saúde física e mental dessas mulheres e seus filhos”, defende.

Assim, Luciana reforçou a importância da adoção do formulário de risco. “É um método que avalia o histórico de violência precedente. Com ele, temos a opção de linguagem única e atualizada, na qual todos os órgãos terão acesso a mesma informação e vão garantir e disponibilizar o serviço responsável e necessário para aquela mulher naquele momento”, conclui.  

Denuncie

A formação online também chamou atenção para os canais de denúncias como o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher). Sob a gestão do MMFDH, o serviço recebe denúncias de violência, além de compartilhar informações sobre a rede de atendimento e de orientar sobre direitos e legislação vigente.

O canal pode ser acionado por meio de ligação gratuita, site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH)aplicativo Direitos Humanos, Telegram (digitar na busca “Direitoshumanosbrasil”) e WhatsApp (61-99656-5008). O atendimento está disponível 24h por dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados. 
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MMFDH