Foto: Gol Linhas Aéreas

A GOL anunciou o resultado no quarto trimestre de 2021 na manhã de hoje. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o lucro de R$ 16,9 milhões atingido no último trimestre de 2020. No ano, o prejuízo líquido foi de R$ 7,2 bilhões, crescimento de 20,6%.

A receita líquida foi de R$ 2,9 bilhões, um acréscimo de 54,5% em comparação ao mesmo trimestre de 2020. As receitas de transporte de cargas apresentaram redução de 33,9%.

O ebitda somou R$ 248,8 milhões, o que representa uma alta de 87,3% frente à 2020.O EBIT ajustado registrado no trimestre foi de R$ 856,6 milhões. A margem operacional foi de 29,3%. Em uma base por assento-quilômetro disponível, o EBIT ajustado atingiu 9,72 centavos (R$).

O EBITDA ajustado totalizou R$1.052,1 milhões no período. A margem EBITDA foi de 36,0%. O EBITDA ajustado por assento-quilômetro disponível foi 11,93 centavos (R$).

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A demanda no mercado doméstico foi de 7.164 milhões de RPK (passageiros-quilômetro transportados), um aumento de 14,8%, enquanto a oferta presentou aumento de 12,5% em comparação ao último trimestre de 2020, e a taxa de ocupação chegou a 82,7% no trimestre.

A oferta internacional em ASK foi de 154 milhões e a demanda em RPK foi de 117 milhões. A taxa de ocupação no último trimestre do ano passado foi de 76%. Durante o trimestre, foram transportados 39 mil passageiros no mercado internacional. O número de passageiros no último trimestre de 2021 foi de 6,5 milhões, um aumento de 26,1% comparado com o mesmo período de 2020.

O volume total de decolagens da Companhia foi de 45.227, um acréscimo de 21,9% em comparação ao 4T20. O total de assentos disponibilizados ao mercado foi de 7,9 milhões no quarto trimestre de 2021, um aumento de 21,0% em relação ao mesmo período de 2020.

LIQUIDEZ

A liquidez alcançou R$ 3,7 bilhões. Após o refinanciamento de R$ 1,2 bilhão de dívidas de curto prazo, anunciado em outubro passado, a Gol encerrou 2021 com R$ 635 milhões de dívida de curto prazo, o menor nível em quatro anos.

Em seu relatório, a empresa afirmou que não tem amortizações significativas de dívidas nos próximos doze meses, e tem financiamentos de longo prazo suficientes para a aquisição de novas aeronaves 737 MAX, parte relevante do plano de transformação de frota.

A companhia apontou perdas líquidas de R$ 1,7 milhão em suas operações de hedge para mitigar a exposição às variações do preço de combustível de aviação, dos quais R$ 2,5 milhões foram perdas contabilizadas no resultado operacional.

INVESTIMENTOS

Para 2022, a empresa afirma que manterá o “foco na transformação da frota para o 737-MAX. Prevemos que até o final do ano estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total. Como consequência deste processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no custo unitário (CASK)”, afirmou o presidente da companhia, Paulo Kakinoff.

Recentemente, a GOL assinou acordos para aquisição de 26 aeronaves adicionais Boeing 737 MAX-8. Essas aeronaves substituirão B 737-800 NGs. Atualmente, a empresa opera com 23 aeronaves 737 MAX e devolveu 16 B737 NGs nos últimos 18 meses. Como resultado dos novos acordos, até o final de 2022, a GOL deverá contar com 44 aeronaves 737 MAX (aproximadamente 32% da frota total). Com os atuais compromissos de compra do 737 MAX, a GOL espera ter uma frota 50% composta por MAXs até 2025.

A companhia fechou 2021 com uma frota total de 135 aeronaves Boeing 737, sendo 112 NGs e 23 MAXs. Em 2020, a frota era de 127 aeronaves, sendo sete MAX (não operacionais). A idade média da atual frota da empresa é de 10,7 anos, com 100% de aeronaves de médio porte (narrowbody) financiadas via arrendamentos operacionais.

Fonte: Agência CMA