Foto: Reprodução/Instituto Butantan

Após o avanço da vacinação nas demais faixas etárias, um novo quadro se desenha em relação à pandemia de coronavírus. A análise dos dados epidemiológicos apontam um crescimento na incidência de COVID-19 entre crianças de 0 a 9 anos. Em linhas gerais, as três primeiras semanas de janeiro apresentaram 30 novos casos. Já nos últimos nove dias (22 a 31 de janeiro) foram 130 positivos.

A Secretaria de Saúde mantém o acompanhamento diário destes dados e alerta: em todo o ano de 2021 foram 237 crianças positivas para COVID-19 e somente em janeiro 160. “Todas as decisões são tomadas a partir destes números. A intenção é sermos o mais assertivos possível no combate à pandemia. Com esta informação podemos dizer claramente aos pais e responsáveis que é preciso redobrar os cuidados e também buscar a vacinação desse público”, explica o diretor-geral da Secretaria de Saúde, Fernando Pedrotti. 

O aumento de casos nesta faixa etária faz parte da condição natural de sobrevivência do vírus. Conforme a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, como outros públicos já receberam a vacina, o coronavírus migra para outros hospedeiros. “No ambiente externo, o vírus permanece entre 24h e 48h. Nas pessoas com esquema vacinal completo ele não tem mais força e letalidade, por isso busca ambientes mais favoráveis para infectar, nesses casos, as crianças”, explica. 

Neste momento, a vacinação de 5 a 11 anos já é uma realidade. Em Toledo, já se aplica o imunizante a partir de 8 anos ou mais. Em casos de crianças com deficiência permanente e/ou comorbidades, ela está disponível a partir dos cinco anos. “A tendência é diminuir a faixa etária gradativamente até atendermos todos os públicos”, informa Fernando Pedrotti, lembrando que nesta segunda-feira (31) foi o dia com maior procura até o momento.

Segurança da vacina

Em dezembro de 2021, a Nature Medicine apresentou um estudo realizado na Inglaterra mostrando maior risco de miocardite desencadeada pela doença COVID-19 em maiores de 16 anos, quando comparado com o risco de miocardite após as vacinas (após a 1ª e 2ª doses) da Pfizer (aplicada em Toledo), Moderna e Astrazeneca. “Segundo a publicação, foram 40 casos de miocardite para cada milhão de pacientes após testarem positivos para COVID-19, enquanto o risco de miocardite após a primeira dose da vacina ficou entre 1 a 6 casos por milhão, e após a segunda dose 10 casos por milhão”, explicou a secretária de Saúde de Toledo Gabriela Kucharski. 

A secretária, que também é pediatra, lembrou que entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Imunizações, a Academia Americana de Pediatria, Centers for Disease Control and Prevention (CDC/Estados Unidos), União Européia, entre outros órgãos de referência mundial incentivam a vacinação. 

Sobre efeitos adversos, Gabriela reforça que a vacina também é um tipo de medicamento, por isso existem efeitos adversos, mesmo que leves e em pouquíssimos casos. “O importante é que são reações leves e de duração rápida. Os efeitos adversos graves são raríssimos, como por exemplo a miocardite na faixa etária de 5 a 11 anos que acomete 1 criança para cada 1 milhão de doses aplicadas”, comentou.

Orientações

• Informe o médico ou enfermeiro sobre quaisquer alergias que a criança possa ter;

• Para evitar desmaios e lesões relacionadas ao desmaio, a criança deve estar sentada ou deitada durante a vacinação e por 15 minutos após a aplicação;

• Após a vacinação da criança contra COVID-19 é importante ficar 15 a 30 minutos para que a criança possa ser observada caso tenha uma reação alérgica e precise de atendimento.

Horários e locais para vacinação pediátrica contra o coronavírus

UBS Alto Panorama – 13h30 às 17h30 – 50 doses

UBS Pancera – 8h às 11h – 40 doses

Centro de Saúde – 13h às 18h30 – 60 doses

UBS Europa – 13h às 16h – 40 doses

UBS Jardim Porto Alegre – 7h às 12h30 – 60 doses

Documentos necessários

Para receber a dose pediátrica é necessária a apresentação de documento com foto, carteira de vacinação, CPF e cartão SUS da criança. Já os pais devem estar munidos de documento com foto, CPF, comprovante de endereço no nome do responsável legal. As crianças com deficiência permanente e/ou comorbidades continuam a receber suas doses, porém é importante ressaltar que devem levar também a declaração médica (para crianças de 5 a 7 anos) disponível no site da Prefeitura de Toledo.

Fonte: Departamento de Comunicação da Prefeitura de Toledo