Foto: Assessoria/SerToledo

Foi uma tarde histórica na Câmara de Vereadores nessa segunda-feira, 22. Os servidores e servidoras mostraram sua força, e por um voto de minerva, o relatório de rejeição do Projeto de Lei Complementar Nº 5/2021 – a reestruturação do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Toledo, do vereador Chumbinho Silva (PP) não foi aprovado. Se o presidente da Casa, Leoclides Bisognin (MDB) votasse a favor dos servidores, o PLC voltaria para o executivo e seria arquivado. “Por maioria de 10 x 9 foi rejeitado o parecer da comissão”, sentenciou.

A votação que teve segundos de apreensão de todos, empatou por 9 x 9, e teve que ser decidida por  Bisognin, que votou contrário aos servidores públicos. Ele votou tão fácil como se estivesse tomando um copo d’ água. Agora, o PLC – 5 será encaminhado para as comissões da Câmara, e a primeira delas será a Comissão de Legislação e Redação.

A Secretária-Geral do Sindicato SerToledo, Marlene da Silva, depois da votação não descarta um estado de greve.  “Teremos outras Assembleias, outras paralisações e possivelmente chamar um estado de greve no serviço público municipal. É vergonhoso o Bisognin, servidor público, que foi eleito pelo voto do servidor, votar contra todos nós. Com essa votação passamos a conhecer como trabalha os nossos políticos. Eles têm um interesse, que nunca foi o serviço público, mas em sugar a máquina pública. Precisamos mostrar a força que temos. Nós servidores, somos mais do que eles, somos nós quem trabalhamos e diariamente atendemos a população”, afirma.

O advogado do SerToledo, Márcio Gnoatto disse que o Sindicato perdeu uma batalha, mas não a guerra, e estará mais forte ainda na próxima votação.

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Os vereadores favoráveis aos servidores, e que merecem os parabéns do SerToledo: Jozimar Polasso, Chumbinho Silva, Oseas Soares dos Santos, Gilson Francisco, Olinda Fiorentin, Elton Welter, Pedro Varela, Valtencir Careca e Valdomiro Bozó. Um dos momentos marcantes da Sessão foi na hora do pronunciamento do vereador Dudu Barbosa (Republicanos), quando todos os servidores presentes na Casa do Povo viraram as costas para o líder de governo. 

VEREADORES

Olinda Fiorentin (PSD) disse na tribuna que foi coagida e não tem medo de homem. “A violência na política existe. Eu me senti na reunião hoje de manhã (segunda-feira, 22), com o prefeito, como se quisessem me chamar de incompetente, e eu repúdio essa palavra. Eu não tenho medo de homem. E gostariam de ser respeitada, e mil eleitores acreditaram no meu trabalho”.

Segundo Chumbinho Silva, em relação ao déficit de R$ 640 milhões que o município tem com o Fapes, não se adia, paga. E ele lembrou que durante a campanha eleitoral, o prefeito assinou um compromisso com os servidores. “Beto Lunitti assinou um documento que se fosse eleito se comprometeria em garantir o fator idade e contribuição para a aposentadoria dos servidores públicos. Essa dívida do Fapes não é do servidor, não se adia um acordo, se paga”.

Oseas dos Santos (PP) foi enfático ao dizer que houve erro na tramitação do PLC.  “O que se está votando agora é legalidade ou ilegalidade, e a tramitação do projeto é ilegal. Faltou comunicação dos secretários municipais, eles são o elo com os servidores e poderiam exerce o papel de falar com os servidores”. 

De acordo com Jozimar Polasso (PP), se o PLC estivesse sido enviado anteriormente para eles, essa discussão não estaria acontecendo. “Esse debate teria sido diferente, e a Lei Orgânica deveria tramitar antes desse projeto”. A Lei Orgânica para ser aprovada na Câmara terá que ter no mínimo 13 votos.

Fonte: Assessoria de Imprensa do SerToledo