Equilíbrio. Foto: Reprodução

Já assisti a esse “filme”

É lamentável que nossa cidade novamente esteja sendo contaminada por disputas ainda recorrentes de eleições sindicais e dos resultados das últimas eleições municipais. No início da atual gestão, foi propagado um “pensar por Toledo” em primeiro lugar e esquecer as siglas partidárias e o próprio “umbigo”.  Ledo engano! Parece que os “retrovisores quebraram e os erros do passado, voltam ser pauta”, e o “dissociar” é a melhor forma.

Já assisti a esse “filme” I

Estou dando um “play” nas páginas de 2014, mais precisamente no mês de março, quando os servidores municipais optaram por fazer aquela greve que desgastou e contaminou nossa cidade, praticamente enterrando a reeleição da então gestão sem dó, nem piedade.

[bsa_pro_ad_space id=17] [bsa_pro_ad_space id=15]

Já assisti a esse “filme” II

Naquele ano, as pautas eram: aumento real nas progressões dos servidores, reposição salarial, vale-alimentação, hora/atividade e piso mínimo, entre outros contidos em um documento listado e registrado em cartório. Hoje, por falta de habilidade política, o FAPES virou uma desnecessária disputa de “egos e teimosia”, eliminando qualquer possibilidade de “negociação”, caminho esse que seria o mais “sensato”, estar com as portas abertas, sem esse desgaste público.

Já assisti a esse “filme” III

Nesse novo filme, intitulado “FAPES”, com quem está a razão? Quais os números corretos? Quem deve e quem já pagou? Quem pagou por “um” e recebe por “dois”? Isso que deveria ser “pautado”, discutido, e juntos, administração e sindicato, buscando uma solução equilibrada, pois sei que o município hoje dispõe de servidores qualificadíssimos, e que os mesmos poderiam ter achado um justo e transparente acordo. Diante desse impasse, me vem a pergunta: Quem não quer a “verdade”?

Já assisti a esse “filme” IV

Por essa razão que “diálogo” é a melhor saída. Poderiam chamar os representantes das classes e expor de forma transparente essas mesmas informações contidas na nota que o Executivo publicou e emitiu à imprensa nessa segunda-feira (22), dia em que ocorreu a paralização dos servidores públicos, apresentando seu posicionamento sobre a reestruturação do Fundo de Aposentadorias e Pensões do funcionalismo municipal.

Já assisti a esse “filme” V

O assunto é complexo e impacta diretamente na vida de milhares de famílias toledanas, especialmente as dos 4.514 segurados – 3.286 da ativa e 1.228 inativos (1.087 aposentados e 141 pensionistas) – do Fapes/Toledoprev.

Já assisti a esse “filme” VI

Sabemos que a longevidade dos brasileiros está aumentando e se não forem feitas a adequação das novas regras, o plano de benefícios dos servidores públicos municipais não se sustentará. O FAPES de Toledo tem hoje um déficit atuarial calculado em R$ 640 milhões, além das contribuições patronais de 21%, o município terá que repassar, em 2021, um aporte suplementar de aproximadamente R$ 29,6 milhões para o equacionamento deste déficit.

Já assisti a esse “filme” VII

Calculado anualmente de acordo com parâmetros estabelecidos na Legislação e de acordo com a massa de servidores, a tendência é que este valor cresça exponencialmente nos próximos anos, comprometendo uma fatia ainda maior do orçamento, o que pode inviabilizar investimentos em obras e serviços em setores essenciais.

Veja matéria completa nesse link:

A necessidade de uma solução justa e equilibrada

O conceito de economia é que ela se relaciona ao gerenciamento da escassez e por isso mesmo a ideia está relacionada ao momento vivido por Toledo, onde os servidores municipais iniciam movimento em função de seu descontentamento ou, da falta de maiores informações* e, nesse impasse é que se pode representar a oportunidade para se discutir a realidade “factual” do FAPES, suas perspectivas, inclusive quanto à arrecadação e gastos, sempre considerando os devidos pesos e contribuição sem dúvida poderá chegar a um equilíbrio na arrecadação e contemplando as diferentes necessidades e propostas de aposentadorias.

Os números apresentados pelo município estão embasados em estudos e dados técnicos e por si só, pode se afirmar que o mesmo esteja coma razão, mas, a administração perdeu a grande oportunidade de demonstrar “maturidade” na gestão desse tema da tão grande importância aos servidores municipais.

Apenas dessa forma se chegará a uma solução equilibrada e, portanto mais justa para o cidadão servidor, que ao final é a razão e o maior interessado na atuação da administração municipal.