Pedrinho Furlan é ouvido pela Comissão de Educação e Cultura. Foto: Decom/CMT

A CEC (Comissão de Educação, Cultura e Desporto), debruçou-se nesta quinta-feira (07/09) sobre Projeto de Lei n° 127, que trata da autoria da bandeira toledana. A reunião da CEC contou com os vereadores Professor Oséias (presidente) e Roberto Souza, Beto Scain e Valdir Rossetto (membros), além da presença do presidente da Câmara, Leoclides Bisognin, autor da proposição. A reunião também teve a participação do presidente do Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Natural de Toledo, Paulo Jorge de Oliveira e de personalidades, como o cidadão honorário de Toledo, Pedrinho Furlan e seus filhos Neusa “Neneca” Furlan e Flávio Furlan, bem como a presença de Eloir Nardi e Anésio Vitto, do Museu Histórico Willy Barth.

O PL 127, que “altera a Lei nº 2.347, de 1º de setembro de 2021, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos do Município de Toledo”, passou antes pela CLR (Comissão de Legislação e Redação), onde o relator Gabriel Baierle solicitou parecer jurídico, o qual apontou que “apenas por projeto de lei é que se pode alterar a autoria da bandeira do Município de Toledo e, como salientado, desde que provada a autoria”.

O Projeto de Lei n° 127 teve parecer favorável do relator Baierle, foi apresentado e aprovado na CLR em 28 de setembro, quando teve votos favoráveis de Marcelo Marques (presidente), Professor Oséias (vice-presidente) e Jozimar Polasso e Valdomiro Bozó (membros), além do próprio relator, sendo encaminhado à CEC para continuar sua apreciação.

Fundamentação e história

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Na reunião desta quinta, o presidente da CEC, Professor Oséias, falou da análise da proposta do vereador Bisognin sobre a autoria da bandeira de Toledo e a necessidade da devida fundamentação da mudança na Lei 2.347/2021, a qual “dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos do Município de Toledo”, e que em seu artigo 7º aponta que “A Bandeira Municipal de Toledo é de autoria do heraldista professor Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista”.

Pedrinho Furlan relatou ter sido diretor administrativo e financeiro da Sadia em Toledo, onde havia funcionários que jogavam futebol, vôlei e tinham ido à região de Londrina representar o município em disputas esportivas, sem que a delegação tivesse uma bandeira. A partir disso, o então prefeito Egon Pudel designou, em 1971, uma comissão que ele presidiu para escolher em concurso uma bandeira para o município que ia completar 20 anos, em 1972. Pedrinho Furlan disse que a comissão foi integrada por ele, Valdomiro Giacomazzo e Wilson Carlos Kuhn, e foi estabelecido um prêmio de Cr$ 500,00 ao vencedor, tendo sido feita publicação em jornal na época e o vencedor foi Vítor Beal.

O presidente da CEC passou a palavra a Vítor Beal, que disse que a delegação de Toledo nos jogos, na época era a única que não tinha bandeira. “Impressionante, porque o município tinha quase 20 anos de emancipação e ninguém dava bola para isso”, relatou ele, dizendo que na volta das disputas a questão foi levada ao prefeito Egon Pudel. Segundo ele, a sua ideia foi elaborada em um papel com lápis de cor e se perdeu no processo, que incluiu encaminhar a proposta para a devia adequação à heráldica, feita por Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista. Beal disse não ter nada contra Arcinoé, “porque foi o heraldista”, mas houve uma omissão em relação a si, embora não intencional. “Da minha parte, fiquei 50 anos calado”, disse Vitor Beal, relatando que nos últimos anos familiares e parentes lhe cobraram, e daí resolveu buscar o resgate deste trabalho, procurando o vereador Leoclides Bisognin, que apresentou a proposta.

 Veja em vídeo as discussões sobre a proposta na reunião da CEC: