Da Redação
O boletim epidemiológico divulgado na última sexta-feira, 19, apontou que desde a última edição do boletim, no dia 12, 796 novos casos da doença foram confirmados em Toledo. Dessa forma, o total passa de 3.097 para 3.893 confirmações (3.885 autóctones e 8 importados) no atual ano epidemiológico (2023/2024). O recorde de casos em Toledo foi registrado entre 2019/2020 com 4.779 casos, restam, portanto, 894 casos.
Os cinco bairros com o maior número de casos são Europa/América (632), Panorama (269), Facchini (264), Coopagro (261) e Centro (240). O número de confirmações pode ficar ainda maior, pois há 518 pacientes aguardando resultados de exames.
Somando os testes que deram positivo, os 2.429 casos descartados e os que estão em análise, chega-se a um total de 6.840 notificações, que corresponde ao total de pessoas que procuraram os serviços públicos e privados de saúde com sintomas típicos de dengue.
O boletim ainda confirmou a morte de mais seis pessoas afetadas pela dengue. Desde o início de abril, a Secretaria Municipal da Saúde tem feito comunicados sobre óbitos causados pela dengue nos boletins semanais que saem às sextas-feiras. O motivo para isso é a necessidade de padronização no lançamento dos dados, pois os técnicos do setor de Vigilância Epidemiológica Municipal precisam aguardar a documentação que vem dos locais de atendimento (alguns ficam em outros municípios) para fazer a análise da causa-mortis dos pacientes, levantamento minucioso que pode demorar entre 10 e 15 dias para ser concluído.
• 8º óbito – Paciente do sexo feminino, 85 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 14/03/2024, atendimento clínico em 19/03/2024, transferência no mesmo dia para leito hospitalar e falecimento em 22/03/2024.
• 9º óbito – Paciente do sexo feminino, 78 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 09/03/2024, atendimento clínico em 11/03/2024, transferência no mesmo dia para leito hospitalar e falecimento em 25/03/2024.
• 10º óbito – Paciente do sexo masculino, 89 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 04/03/2024, atendimento clínico em 14/03/2024, transferência para leito hospitalar em 20/03/2024 e falecimento em 25/03/2024.
• 11º óbito – Paciente do sexo feminino, 78 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 11/03/2024, atendimento clínico e internação em 14/03/2024, transferência para leito hospitalar em 18/03/2023 com alta em 21/03/2024, nova internação em 24/03/2024 e falecimento em 25/03/2024.
• 12º óbito – Paciente do sexo feminino, 95 anos, com comorbidades; Início dos sintomas, atendimento e transferência para leito hospitalar em 10/03/2024, e falecimento em 26/03/2024.
• 13º óbito – Paciente do sexo feminino, 69 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 21/03/2024, atendimento clínico e internamento em 26/03/2024, e falecimento em 25/03/2024.
Dos 13 óbitos registrados neste ano epidemiológico (23/24), cinco são de pessoas do sexo masculino e oito do feminino. Deste total, 12 envolveram pacientes com comorbidades e a idade média dos falecidos é de 76,7 anos.

LIRAA – O Setor de Controle e Combate às Endemias realizou, entre quarta e sexta-feira (17 a 19), o segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) de 2024 e o resultado mostra que o combate ao mosquito que causa dengue, zika vírus e febre chikungunya não pode parar. Nestes três dias, os agentes de combate a endemias (ACE) visitaram 1.779 imóveis de todos os bairros da cidade (sorteados aleatoriamente por plataforma do Ministério da Saúde) e o índice de infestação predial (IIP) foi de 4%.
Esta média está muito acima da recomendada pelos organismos nacionais e internacionais de saúde (1%) e superior à do LirAa anterior (em janeiro de 2024, 3,4%). Comparado ao mesmo período de 2023, quando o IIP foi de 4,3%, houve uma pequena queda. O primeiro LirAa realizado neste ano teve o IIP médio de 3,4%. Nesse período o município registrava 40 casos de dengue (todos autóctones).
Os bairros Lorenzetti (16,66%), Independência (13,33%), Vila Becker (12,5%), Gisela (10,52%), e Panorama II (10,34%) registraram os cincos maiores IIP do segundo LirAa de 2024. Lixo doméstico, pratos de plantas, depósitos fixos, pneus, tonéis e cisternas estão entre os objetos onde os focos do mosquito que transmite a dengue e outras doenças foram encontrados com maior recorrência durante o levantamento.
Fonte: Decom/Pref. de Toledo